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Coronavírus reforça aposta dos investidores no corte dos juros do BCE

Os receios em torno da epidemia com origem na China, e o impacto que esta poderá ter na economia da Zona Euro, leva os investidores a preverem agora uma probabilidade de 50% de o BCE cortar as taxas de juro em julho.

Christine Lagarde
reuters
24 de Fevereiro de 2020 às 09:54
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Os investidores estão agora mais convencidos de que o Banco Central Europeu (BCE) poderá ser obrigado a cortar as taxas de juro no verão, de maneira a responder ao impacto do coronavírus na economia da Zona Euro. 

De acordo com a Reuters, o mercado aponta agora para uma probabilidade de perto de 50% de o banco liderado por Christine Lagarde cortar as taxas de juro em 10 pontos base, na reunião de julho. Há uma semana, esta probabilidade situava-se nos 35%. 

Foi em setembro do ano passado que o BCE decidiu baixar a taxa de juro de depósitos para território ainda mais negativo, passando de -0,40% para -0,50%. Um novo corte de 10 pontos base colocará a taxa em -0,6%.

Este reforço de previsões numa descida da taxa de juro marca uma reviravolta nas expectativas do mercado para o arranque de 2020. Os investidores estavam a apostar que a estabilização da economia poderia encorajar o BCE a começar a subir as taxas a partir do próximo ano. 

Porém, novos desenvolvimentos sobre a epidemia com origem na China ditou uma mudança de rumo. 

As autoridades da Coreia do Sul (país mais afetado com o vírus para além da China) relataram esta segunda-feira a existência de 763 casos de contágio, um número bastante superior aos 30 da semana passada.


Em Itália, mais de 150 pessoas testaram positivo para o vírus até domingo - face aos três casos do dia anterior - levando o governo a colocar 11 cidades sob quarentena na região norte do país. Há três vítimas mortais confirmadas em Itália e relatos de uma quarta já na manhã desta segunda-feira.

O Fundo Monetário Internacional também já veio cortar a previsão de crescimento anual da China em 0,4 pontos percentuais para 5,6%, mas para já as autoridades chinesas mantém as suas metas de crescimento, tendo reforçado a promessa de reduzir impostos e apoiar as empresas a recuperarem dos prejuízos causados pelo surto. 

Os receios em torno do vírus estão a levar os mercados a afundarO Stoxx600 arrancou a semana a cair mais de 2%, com Lisboa a acompanhar esta tendência. Já as bolsas asiáticas registaram uma sessão de forte queda, com o índice da bolsa Coreia do Sul (Kospi) a liderar as desvalorizações (-3,87%), seguida de Hong Kong e Sidney. 

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