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Covid-19 manda PSI-20 ao tapete. É a maior queda intradiária desde 2016

A bolsa nacional está a ressentir-se com a forte propagação do coronavírus para fora do território chinês, à imagem do que acontece nos restantes índices na Europa. Por cá, Galp e BCP são as que mais pressionam.

24 de Fevereiro de 2020 às 11:19
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A bolsa nacional registou uma queda máxima de 3,19% na sessão desta segunda-feira, dia 24 de fevereiro, para os 5.214,92 pontos, o que representa a queda intradiária mais robusta em quase quatro anos, devido à propagação do surto Covid-19 para fora da China.

O valor alcançado hoje pelo índice PSI-20 representa também um mínimo de dezembro de 2018, numa altura em que todas as cotadas que compõe a praça portuguesa negoceiam em território negativo.

A liderar as quedas estão a Mota-Engil (-5,90%) e a Galp (4,83%), com o preço do petróleo Brent a desvalorizar 3,52% para os 56,44 dólares por barril. Se a primeira cotada está correlacionada com o preço da matéria-prima de forma indireta, uma vez que tem uma carteira de projetos em muitos países cujas economias dependem principalmente do petróleo; a segunda costuma ser impactada diretamente pela variação da mesma em bolsa. 

A pressionar a bolsa nacional está também o BCP, com uma queda de 4,16% para os 18,20 cêntimos por ação. Hoje, o banco liderado por Miguel Maya já caiu um máximo de 4,69%, o que representa o maior declínio desde setembro de 2019. 

Na tabela dos piores desempenho seguem-se a Nos (-3,82%), a Altri (-3,75%), a Sonae (-3,72%) e os CTT (-3,68%). Por esta altura existem dez cotadas a registar perdas superiores a 3%. 

A prestação da bolsa nacional acompanha o cenário de quedas na Europa, com os principais índices do "velho continente" a oscilarem entre uma queda de 3,12% em Madrid e um recuo de 5,18% em Atenas. Também o Stoxx 600, que reúne as 600 maiores cotadas da Europa, desvaloriza 3,45% para os 413,30 pontos. 

Este sentimento está a ser provocado pela propagação do surto Covid-19, que está a ganhar força fora da China e a provocar vítimas mortais no Japão, Coreia do Sul, Médio Oriente e também na Europa (Itália).

As autoridades da Coreia do Sul, o país mais afetado com o vírus para além da China, relataram esta segunda-feira a existência de 763 casos de contágio, um número bastante superior aos 30 da semana passada. Em Itália, mais de 150 pessoas testaram positivo para o vírus até domingo - face aos três casos do dia anterior - levando o governo a colocar 11 cidades sob quarentena na região norte do país. Há quatro vítimas mortais confirmadas em Itália.

O número de mortos devido ao Covid-19 subiu hoje para 2.592 na China continental e foram reportados 409 novos infetados, quase todos na província de Hubei. A cidade santa de Qom, 140 quilómetros a sul de Teerão, tem já registadas 50 mortes provocadas pelo novo coronavírus, reportou hoje a agência semioficial iraniana ILNA.

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