A “holding” francesa Carrefour, segunda maior companhia de distribuição do mundo e líder europeia do sector, decidiu propor aos seus accionistas a autonomização da cadeia de “discount” Dia, que em Portugal opera sob a insígnia Minipreço, e dispersá-la em bolsa.

O mercado de capitais escolhido, avançou a administração do grupo Carrefour em comunicado no dia 1 de Março, é Madrid, onde a cadeia Dia tem sede e metade do seu parque de lojas. “Dia, o terceiro maior grupo de ‘discount’ do mundo, é gerido de forma independente e tem uma interacção muito limitada com o Carrefour”, explicou a direcção do grupo francês.

A companhia de “discount” foi responsável, em 2010, por 9,5 mil milhões de euros dos 101 mil milhões de euros que o Carrefour facturou no mesmo ano. Além da Península Ibérica, a empresa Dia está presente na Grécia, Chipre, Turquia, Argentina, Brasil e China.

Em Portugal, a subsidiária do Carrefour chama-se Dia Portugal Supermercados Sociedade Unipessoal, marca que também consta nos produtos de marca própria da rede. No entanto, uma vez que a expansão da Dia em Portugal ficou associada à compra da cadeia Minipreço, em 1998, na altura já implementada no mercado nacional, a rede adoptou definitivamente esta última insígnia no País.

Uma cadeia que, de acordo com os dados anuais do Carrefour, facturou 917milhões em Portugal em 2010 (mais 0,2% do que em 2009) nas 524 lojas contabilizadas no País, das quais157 em “franchising”.

Segundo o comunicado do Carrefour (que em 2007 vendeu a sua área de hipermercados em Portugal à Sonae) a forma de autonomização da “casa-mãe” já está decidida.

“Está planeado distribuir aos accionistas do Carrefour a totalidade das acções do Dia detidas pelo Carrefour na forma de dividendo extraordinário”. Se a proposta for aceite em assembleia geral “cada accionista do Carrefour irá receber igual número de títulos da Dia que detém já do Carrefour”.