Os principais índices europeus terminaram a sessão em queda, com os investidores a aguardar a subida dos juros nos EUA prevista para amanhã. Entre as acções mais prejudicadas encontram-se as empresas ligadas a tecnologia e exploração mineira.

A perspectiva de que a subida de 0,25 pontos percentuais das taxas de juro norte-americanas vá reduzir a procura no país e, consequentemente, afectar as exportações das empresas europeias, levou os índices do Velho Continente a fechar a sessão em queda. O índice DJ Stoxx 50 recuou 0,7% para os 2.714,57 pontos.

A pressionar os índices esteve também uma explosão num avião da Turkish Airlines. Um pacote do tamanho de uma carteira explodiu quando um empregado de limpeza lhe pegou, após os passageiros terem desembarcado em Istambul.

A tendência de quedas na Europa só foi evitada pelo índice alemão, DAX [DAX], que terminou a subir 0,01% para 4.069,73 pontos. A Debitel, empresa de serviços telefónicos, disparou 7,8% para 11,8 euros, depois da "holding" que controla 95% da empresa ter oferecido aos accionistas 11,75 euros por acção para adquirir o resto do capital.

Em Espanha, o IBEX [IBEX] perdeu 0,65% para 8131,20 pontos. A Ibéria subiu 2,6% para os 2,37 euros, reagindo positivamente à queda dos preços do petróleo.

O índice francês, CAC-40 [CAC] baixou 0,40% para 3.756,48 pontos. A France Télécom subiu 1,8% para 21,63 euros, depois de anunciar que pretende adquirir a participação que não detém na empresa de serviços de Internet Wanadoo.

O FTSE [UKX], de Inglaterra, caiu 0,14% para 4.512,40 pontos, com a empresa de vestuário French Connection Group a cair 6,4% para 430 pence depois do presidente da empresa anunciar que irá vender 10% da sua participação no capital.

Em Amesterdão, o AEX [AEX] recuou 0,23% para 346,35 pontos. O ABN Amro, maior banco holandês por activos, desceu 0,7% para 17,99 euros depois de reiterar as previsões de lucros para o mercado norte-americano, que ficam entre 150 a 250 milhões de euros abaixo do conseguido em 2003.