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EUA estão a avaliar "desmantelar" negócios da Google

No âmbito do processo de acusação por alegado monopólio por parte da Google, o governo norte-americano está a ponderar obrigar a empresa a separar alguns produtos como o Chrome ou o sistema operativo Android.

Mais de metade da faturação da tecnológica – 175 mil milhões de dólares no ano passado – resulta de receitas obtidas com os serviços do motor de busca e publicidade associada.
Steve Marcus/Reuters
09 de Outubro de 2024 às 11:32
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Os Estados Unidos estão a avaliar forçar a Google a vender parte das suas operações no âmbito do processo de acusação de monopólio de mercado, devido a pagamentos da unidade da Alphabet às empresas de smartphones para favorecerem o seu motor de busca foram ilegais. A concretizar-se, será uma decisão histórica.

Segundo a imprensa internacional, o Departamento de Justiça (DoJ) dos EUA apresentou na terça-feira um documento com um conjunto de soluções para 'travar' o monopólio da empresa, entre as quais a obrigação de separação de actividades -  como o Chrome, o sistema operativo Android ou a loja de aplicações Play - argumentando que dão à empresa uma vantagem sobre os rivais.

Outras das medidas em cima da mesa passa pelo proibição da Google pagar para ter o seu mecanismo de busca pré-instalado em smartphones e outros dispositivos. A decisão final sobre os remédicos a aplicar será do juiz. 

A Google, que é detida pela gigante norte-americana Alphabet, já disse que vai contestar as conclusões do processo que começou a ser julgado ainda no mandado de Donald Trump. 

Em causa está a acusação de abuso de posição dominante no mercado dos motores de pesquisa na internet pelo Departamento de Justiça que alega que a Google mantém práticas monopolistas nas pesquisas e publicidade online, numa batalha jurídica que decorre há quatro anos e que pode redefinir o mercado dos motores de busca. Segundo o governo norte-americano, em 2020 a Google tinha uma quota de 90%.

Uma posição corroborada pelo juiz responsável pelo processo, Amit Mehta, que na primeira decisão emitida concluiu que "a Google é monopolista e tem agido como tal para manter o seu monopólio". O juiz determinou que os pagamentos de 26 mil milhões de dólares que a Google efetuou a fabricantes como a Apple e a Samsung travaram a concorrência no mercado das pesquisas online.

Além do processo do DoJ, a Google foi processada em separado por um grupo de 38 procuradores-gerais estaduais norte-americanos, com alegações semelhantes.

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