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Bolsa de Atenas afunda e juros gregos sobem depois da eleição do Presidente da República falhar

Os mercados está a reagir negativamente à situação política no país. A bolsa de Atenas é a única a negociar em terreno negativo entre as principais praças europeias, enquanto os juros da dívida grega estão a subir no mercado secundário.

23 de Dezembro de 2014 às 12:53
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À segunda tentativa, a Grécia não conseguiu eleger o Preidente da República. O candidato presidencial, Stavros Dimas, escolhido pelo Governo de Antonis Samaras, obteve 168 votos, mas não conseguiu obter os 200 votos necessários à sua eleição.

 

A terceira e última ronda vai ter lugar no próximo dia 29 de Dezembro. Nesta fase o candidato vai precisar de 180 votos para ser eleito. Se a eleição do Presidente falhar, a Grécia vai ter eleições legislativas antecipadas e a coligação Syriza liderada por Alexis Tsipras pode vir a vencer o escrutínio, conforme apontam as sondagens mais recentes.

 

A praça helénica está a perder 2,39% na negociação desta terça-feira, 23 de Dezembro. As cotadas gregas registam as maiores quedas na Europa, como o National Bank of Greece (-5,06%), Piraeus Bank (-4,30%), a gestora de jogos de fortuna ou azar OPAP (-4,19%) e o Alpha Bank (-3,97%).

 

No mercado de obrigações soberanas, as taxas de juro da dívida helénico está a subir em todos os prazos. A maior subida regista-se nas maturidades de médio prazo, como a três anos - mais 15,1 pontos base para 9,802% - e a cinco anos - mais 18,9 pontos para 8,756%. A taxa de juro de referência a 10 anos está a subir 6,4 pontos para 8,383%.

 

Nos restantes países da Zona Euro, o cenário é de queda nas taxas de juro da dívida soberana. Os analistas apontam que a possibilidade do Banco Central Europeu (BCE) avançar com um programa de compra de dívida pública no próximo ano está a deixar os investidores confiantes.

 

A taxa de juro portuguesa a 10 anos está hoje a recuar ligeiramente: menos 0,1 pontos para 2,699%. A taxa de juro de referência alcançou um mínimo histórico na sessão de ontem ao tocar nos 2,679%.

 

Em sentido contrário seguem as taxas de juro das maiores economias do Sul da Europa. O juro a 10 anos de Itália está a recuar 1,8 pontos para 1,914%, enquanto a taxa de juro de Espanha recuou 2,6 pontos e alcançou os 1,644%, no que é um novo mínimo histórico.

 

Nas maiores economias da região do euro, os juros também recuam. A taxa de juro alemã a 10 anos perde 1,6 pontos para 0,584%, enquanto o juro de referência francês perde também 1,6 pontos para 0,862%.

 

Os juros da dívida também estão a recuar noutras economias do euro, como na Holanda (menos 1,8 pontos para 0,722%), na Finlândia (menos 1,7 pontos base para 0,695%) e na Irlanda (menos 1,8 pontos para 1,268%).

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