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Grécia volta a falhar eleição do Presidente da República
Na segunda ronda das eleições presidenciais, o Governo de Antonis Samaras não conseguiu reunir o número de votos necessários para eleger um novo Chefe de Estado. A terceira e última volta está agendada para 29 de Dezembro.
Pela segunda vez em menos de uma semana, a coligação governamental não conseguiu reunir o número de votos necessários (200) para eleger o sucessor de Karolos Papoulias.
Desta vez, o candidato apresentado pelo Governo - o antigo Comissário Europeu Stavros Dimas - obteve 168 votos favoráveis, mais oito do que na primeira votação.
O Parlamento grego tem agora mais uma oportunidade para eleger o novo Presidente da República. Na terceira e última votação, agendada para 29 de Dezembro, o candidato proposto pela coligação tem de reunir apenas 180 votos favoráveis (a actual coligação governamental conta apenas com 155 deputados).
"Espero que na votação final, o Parlamento consiga evitar uma catástrofe nacional", afirmou o primeiro-ministro Antonis Samaras no final da votação, citado pela Bloomberg.
A votação de 29 de Dezembro é a última oportunidade de eleger o candidato escolhido pela coligação no Governo. Se Stavros Dimas não for eleito nesse dia, a Constituição estabelece um prazo de dez dias para a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições gerais que poderão ter lugar a 25 de Janeiro ou a 1 de Fevereiro de 2015.
Se este cenário se concretizar, a Grécia ficará sem governo precisamente na altura em que está previsto que a chegue a acordo sobre um eventual programa cautelar suportado pelos parceiros do euro e um entendimento com a troika sobre como tapar o buraco de quase dois mil milhões de euros identificado no Orçamento de 2015.
(Notícia actualizada às 11h45 com declarações de Antonis Samaras, primeiro-ministro grego)