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Alemão DAX alarga para 40 membros e aperta regras após escândalo da Wirecard
O índice de referência da Alemanha vai ter novos critérios para a admissão dos seus membros, que passam a 40 no terceiro trimestre do próximo ano.
O índice de referência da Alemanha, o DAX, vai levar a cabo a maior transformação desde que foi criado, em 1988, alargando o número de membros de 30 para 40 e impondo novos critérios tanto aos integrantes atuais como aos futuros.
As novas regras exigem que os membros do DAX publiquem resultados trimestrais assim como resultados anuais auditados. Os novos integrantes também terão de mostrar que registam lucros há dois anos.
"Os participantes do mercado beneficiarão de um conjunto simples de regras alinhadas com os padrões internacionais e novos critérios de qualificação para o índice de referência alemão", anunciou em comunicado Stephan Flaegel, diretor global de benchmarks e índices da Qontigo, uma unidade da Deutsche Boerse.
A composição do índice, que tem sido regida por classificações baseadas na capitalização de mercado e volume de negociação, vai ter em menor consideração o volume, ficando com a capitalização de mercado, um limite de liquidez geral e os novos critérios qualitativos como os principais testes de entrada.
O alargamento do número de membros só acontecerá no terceiro trimestre do próximo ano, mas os novos critérios sobre a apresentação de contas entram em vigor já na revisão do índice do primeiro trimestre.
A revisão das regras do DAX foi impulsionada pelo caso da Wirecard, a fintech que fez parte do índice de referência da Alemanha durante dois anos, apesar das contínuas alegações de irregularidades contabilísticas.
A empresa entrou em colapso em junho e acabou por ser substituída no índice pela Delivery Hero, uma empresa de entrega de comida que nunca registou lucros anuais. Se as novas regras já estivessem em vigor na altura, a empresa não preenchia os requisitos para se juntar ao índice de referência.