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PIB deve crescer entre 1,6% e 1,7% este ano, diz Fórum para a Competitividade
Fórum para a Competitividade diz que PIB cresce, no máximo, 1,7% este ano, sendo "extremamente difícil" atingir meta do Governo. Aumento do protecionismo dos EUA com impactos para Portugal.
Os economistas do Fórum para a Competitividade estimam que a economia cresça entre 1,6% e 1,7% no conjunto deste ano, afirmando que será extremamente difícil que a economia cresça ao ritmo definido pelo Governo para 2024.
Depois de a economia ter ficado muito perto da estagnação no terceiro trimestre, ao crescer apenas 0,2%, o Fórum para a Competitividade divulgou nesta terça-feira, 5 de novembro, que estima que o PIB suba entre 1,6% e 1,7% no conjunto do ano.
Embora admita que os indicadores preliminares do quarto trimestre que já se conhecem sejam "favoráveis", o Fórum para a Competitividade frisa que será "extremamente difícil que o crescimento de 2024 seja de 1,8%", como previsto pelo Governo.
Pelas contas dos economistas, para que isso acontecesse seria necessário um crescimento em cadeia de pelo menos 1,1% no quarto trimestre, em linha com o que escreveu o Negócios no final da semana passada (as contas, sem arredondamentos, apontavam para um crescimento em cadeia de 1,3%).
Já para o próximo ano, o Fórum para a Competitividade estima que a economia cresça "acima de 2%".
Escalada de protecionismo nos EUA prejudica Portugal
Na nota de conjuntura divulgada nesta terça-feira, derradeiro dia das eleições norte-americanas, o Fórum para a Competitividade diz que o resultado nos EUA "pode trazer uma escalada de proteccionismo, com efeitos diretos muito negativos sobre a Europa".
Esses efeitos vão ser sentidos também em Portugal, avisa o Fórum para a Competitividade. Os economistas lembram que os EUA passaram a quarto destino das exportações portuguesas, sendo dos mais dinâmicos: "em 2023 cresceram 3,3%, quando o total caiu (-1,4%) e até Agosto de 2024 subiram 13,3%, muito acima do total (3,3%)", descrevem.
"Ou seja, será especialmente negativo para as nossas exportações – e para o nosso PIB – se assistirmos a um aumento significativo do proteccionismo", alertam.