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Após atrasos, blocos de rega de Reguengos e de Moura avançam. Vão "absorver" 41 milhões

Em dois dias foram lançados dois concursos públicos: um para a construção do Bloco de Rega de Reguengos de Monsaraz e outro para o de Moura que vão cobrir, em conjunto, uma área equivalente a quase seis mil campos de futebol. As duas empreitadas representam um investimento de pelo menos 41 milhões de euros e devem estar operacionais em 2026.

O Alqueva é um dos mais importantes espelhos de água de Portugal.
Hugo Rainho
05 de Novembro de 2024 às 12:35
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A EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva - lançou o concurso público para a construção do Bloco de Rega de Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora, que vai cobrir uma área de 4.786 hectares e representar um investimento de 32,85 milhões de euros.

Esse é pelo menos o preço base constante do anúncio relativo à obra que se encontra integrada no Circuito Hidráulico de Reguengos de Monsaraz, que deve ser executada no prazo de 18 meses. O prazo para a apresentação de propostas termina a 19 de dezembro.

"O setor agrícola é fundamental para a economia do concelho, devendo ser sempre defendido e valorizado, pelo que o anúncio do concurso público para a construção do bloco de rega demonstra que a luta que travámos durante três anos para que a obra avançasse atingiu o seu objetivo", afirmou a presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, Marta Prates, citada num comunicado enviado às redações.

O perímetro de rega, segundo a autarca, vai beneficiar um concelho que tem a sua "base económica" na agricultura, maioritariamente na vitivinicultura, contando-se "centenas de pequenos agricultores e 14 produtores de vinho na subregião vitivinícola de Reguengos de Monsaraz, que produzem anualmente milhões de litros de vinho".

Aberto foi também o concurso público para a empreitada de construção do Bloco de Rega de Moura, com origem de água na Barragem de Caliços, no distrito de Beja, que vai cobrir uma área de 1.184 hectares e que tem vindo a ser sucessivamente adiada. À luz do anúncio, igualmente publicado em Diário da República, tem um prazo de execução de 14 meses e um preço base de 8,2 milhões de euros, sendo o dia 6 de janeiro a data limite para a entrega de propostas.

Além de ser uma empreitada que tem vindo a ser sucessivamente adiada pelo menos desde 2018, esteve envolta em polémicas, designadamente pelo corte da área inicialmente prevista no projeto.

Na sua conta oficial na rede social X (antigo Twitter), o Ministério da Agricultura e Pescas realça que "esta importante obra vai trazer um impacto muito significativo para a agricultura local", estando "projetada para estar em pleno funcionamento na campanha de rega de 2026".

"Situada próximo da cidade de Moura, este bloco captará água diretamente da albufeira de Caliços, sem necessidade de bombagem, graças ao adutor Amoreira-Caliços", especifica a tutela liderada por José Manuel Fernandes, indicando que a rede de rega, "com mais de 20 quilómetros de extensão e equipada com 35 hidrantes de última geração, assegurará uma distribuição de água eficiente e segura aos agricultores".

"Com este projeto, o Governo dá mais um passo na criação de uma rede nacional eficiente de armazenamento e distribuição de água assente na sustentabilidade", enfatiza.

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