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Taxa de juro no crédito à habitação dá salto para máximos de quase 14 anos

A taxa de juro implícita do crédito à habitação foi de 2,829% em março, sendo o valor mais elevado desde junho de 2009. A prestação média ascendeu aos 331 euros - o valor mais elevado desde fevereiro de 2009.

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A taxa de juro implícita no crédito à habitação subiu em março para 2,829% - o valor mais elevado desde junho de 2009, mostrando assim uma subida de 29,7 pontos base face ao registado em fevereiro de 2,532%, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quarta-feira.

Em março do ano passado este valor era de 0,794%.

Especificamente nos contratos celebrados nos últimos três meses, ou seja, desde o início do ano, a taxa de juro subiu de 3,409% em fevereiro para 3,507% em março.

Para o destino de financiamento aquisição de habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos ascendeu a 2,823%, um incremento de 29,5 pontos base face a fevereiro. Já nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu 10,5 pontos base para se fixar em 3,501%.

O valor médio da prestação subiu nove euros para 331 euros, o valor mais elevado desde fevereiro de 2009, sendo que deste valor 148 euros (45%) corresponde ao pagamento de juros e 183 euros (55%) a capital amortizado. "Em março de 2022, a componente de juros representava 16% do valor médio da prestação (255 euros)", aponta o INE.

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu sete euros, para 576 euros.

No terceiro mês do ano, o capital médio em dívida na totalidade dos contratos subiu 166 euros face a fevereiro, fixando-se em 62.699 euros. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi 125.170 euros, mais 45 euros do que em fevereiro.
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