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Juros no crédito à habitação sobem para 3,86%. Montante em máximos de 16 anos

A taxa de juro no crédito à habitação voltou a subir em março. O montante concedido pelos bancos às famílias aumentou 448 milhões para o valor mais elevado desde outubro de 2007.

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A taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação concedidos com taxa variável em março, onde se incluem as renegociações que não resultaram de incumprimento, voltou a crescer e foi de 3,86% (3,52% em fevereiro) "aumentando o diferencial para a média da área do euro", revelou esta sexta-feira o Banco de Portugal.

Entre os países da Zona Euro, Portugal tem a oitava taxa de juro dos novos empréstimos à habitação mais elevada. A média da região é de 3,44%.

A taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação concedidos com taxa variável em março foi de 3,79% (3,56% em fevereiro) e os novos empréstimos a taxa fixa subiram 0,08 pontos percentuais para 4,28%, voltando assim a reduzir-se o diferencial entre as duas taxas.

Os bancos concederam 1.795 milhões em novos empréstimos para habitação às famílias no terceiro mês do ano, uma subida face aos 1.347 milhões em fevereiro. Deste montante 88% foi para habitação própria permanente, 7% para habitação secundária e 5% para obras.

Por tipo de taxa e exclusivamente nos novos empréstimos à habitação própria permanente, a esmagadora maioria foi concedida de forma variável (76%), sendo que 16% foi de forma mista e 8% fixa.

Já por tipo de indexante, a proporção dos montantes de novos empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável concedida com uma Euribor a seis meses foi de 59%, a 12 meses de 25% e a seis meses de 14% e cerca de 1% usando outras taxas de referência.

Prestação continua a subir e atinge 361 euros

A prestação média mensal do stock de empréstimos para habitação própria permanente fixou-se em 361 euros em março e sobe, pelo menos, há 16 meses consecutivos.

"No entanto, para metade dos contratos, a prestação era igual ou inferior a 308 euros; 25% dos contratos tinham prestação igual ou superior a 441 euros", destaca o BdP.

Total de empréstimos às famílias ascende a 2.521 milhões em fevereiro

Os bancos concederam 2.521 milhões de euros em novos empréstimos às famílias em março, superior em 595 milhões ao registado em fevereiro. "O aumento foi transversal às finalidades habitação, consumo e outros fins", detalha o BdP.

A maioria foi concedida para habitação, 1.795 milhões, sendo que 528 milhões foram para consumo e 198 milhões para outros fins.


Especificamente nos empréstimos ao consumo, a taxa de juro média foi de 8,43%, face a 8,48% em fevereiro. Já a taxa de juro médio dos novos empréstimos para outros fins foi de 5,05% (4,97% em fevereiro).

No caso dos novos empréstimos às empresas o montante aumentou para 2.302 milhões de euros, mais 984 milhões do que em fevereiro. Já a taxa de juro média subiu para 5,1%, tinha sido de 4,76% no segundo mês do ano.

"Esta subida reflete o aumento da taxa de juro média dos empréstimos até um milhão de euros (de 5,13% para 5,27%) e dos empréstimos acima de um milhão de euros (de 4,32% para 4,95%)", salienta o supervisor.

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