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Pandemia ainda não afetou concessão de crédito no primeiro trimestre

No primeiro trimestre, tanto a procura como a oferta mantiveram-se estáveis no sistema financeiro português, uma tendência que se deverá alterar no segundo trimestre.

Sara Matos/Negócios
28 de Abril de 2020 às 12:29
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Os efeitos da pandemia do coronavírus sobre a concessão de crédito ainda não se fizeram sentir no primeiro trimestre deste ano. Nesse período, tanto a procura como a oferta mantiveram-se estáveis no sistema financeiro português, segundo os resultados do inquérito aos bancos que foi divulgado esta terça-feira, 28 de abril, pelo Banco de Portugal.

"No primeiro trimestre de 2020, os bancos portugueses indicaram que a oferta de crédito a empresas e a particulares permaneceu praticamente inalterada face ao trimestre anterior. No mesmo período, a procura de crédito aumentou ligeiramente no segmento das empresas e reduziu-se ligeiramente no segmento dos particulares", pode ler-se no mais recente inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito.

O relatório do inquérito indica ainda que os critérios de concessão, bem como os termos e condições dos empréstimos concedidos a empresas e particulares, permaneceram praticamente inalterados no primeiro trimestre. Esta tendência é transversal a todos os segmentos, desde os empréstimos a pequenas e médias empresas (PME) até ao crédito a grandes empresas, passando pelo crédito à habitação, consumo e outros fins.

Estas tendências deverão, contudo, alterar-se no segundo trimestre. Por um lado, a procura de crédito deverá aumentar do lado das empresas e reduzir-se entre os particulares. Por outro, a banca antecipa restringir os critérios de concessão de crédito no segundo trimestre deste ano.

Os bancos participantes no inquérito referem ainda que os programas de compras de ativos do Banco Central Europeu (BCE), ao longo dos últimos seis meses, "contribuíram ligeiramente para o aumento do total dos seus ativos, designadamente de obrigações soberanas da área do euro, e da rendibilidade do banco com origem em ganhos de capital".

E esperam, ao mesmo tempo, "uma melhoria da respetiva posição de liquidez global, do rácio de fundos próprios e da sua rendibilidade" durante os próximos seis meses.
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