Notícia
Credit Suisse concedeu empréstimos garantidos por iates e jatos particulares
O Credit Suisse reduziu a exposição ao risco e aliviou o balanço com uma operação financeira relacionada com uma carteira de dois mil milhões de dólares garantida por jatos, iates e imóveis de luxo.
O Credit Suisse titularizou parte de um portefólio de empréstimos garantidos por bens de luxo, como iates e aviões, avaliado em dois mil milhões de dólares, avança o Financial Times (FT).
De acordo com o diário britânico, o banco suíço, até recentemente liderado por António Horta Osório, esforçou-se por vender o risco associado a estes empréstimos, optando por pagar uma taxa de juro que chegou aos 11%. O total de transações deste tipo de produtos financeiros chegou aos 80 milhões de dólares, tendo sido os principais compradores vários hedge funds.
Numa apresentação preparada para os investidores, e a que o FT teve acesso, o banco justifica estas operações com uma forma de "crirar uma boa impressão da marca Credit Suisse, relacionando com os objetos de luxo preferidos dos executivos [iates e aviões]".
A apresentação aos investidores também "levantou o véu" sobre alguns dos segredos mais bem guardados sobre o departamento de "private banking" do banco. Os slides dão conta que a instituição financeira enfrentou, entre 2017 e 2018, 12 incumprimentos de pagamento de empréstimos com iates e jatos como garantias.
Entre os milionários que não pagaram a conta figuram três oligarcas russos - Oleg Deripaska e os irmãos Arkady e Boris Rotenberg - a quem foram impostas sanções pelos EUA e que se viram mesmo obrigado a rescindir os contratos relacionados com jatos particulares.
Os slides chegam mesmo a indicar que o Credit Suisse chegou a estar disposto a alavancar 80% do valor detido pelos clientes em determinados produtos financeiros, algo que o próprio departamento de private banking considera "acima do padrão".
Embora o Credit Suisse já seja conhecido há muito tempo por conceder empréstimos para financiar compras de jatos particulares, o banco só entrou no mercado do financiamento de iates em 2014, tendo no final de 2021 uma carteira de pagamentos pendentes na ordem dos mil milhões de dólares, de acordo com os dados a que teve acesso o Financial Times.
A carteira também inclui empréstimos relativo a ações e obrigações, bem como a participações em private equity e hedge funds. A notícia surge numa altura em que o banco está ainda a recuperar do escândalo da Archegos Capital e da sangria desencadeada em bolsa pela saída do português António Horta Osório, depois de este ter pedido a demissão por ter violado a quarentena suíça.
De acordo com o diário britânico, o banco suíço, até recentemente liderado por António Horta Osório, esforçou-se por vender o risco associado a estes empréstimos, optando por pagar uma taxa de juro que chegou aos 11%. O total de transações deste tipo de produtos financeiros chegou aos 80 milhões de dólares, tendo sido os principais compradores vários hedge funds.
A apresentação aos investidores também "levantou o véu" sobre alguns dos segredos mais bem guardados sobre o departamento de "private banking" do banco. Os slides dão conta que a instituição financeira enfrentou, entre 2017 e 2018, 12 incumprimentos de pagamento de empréstimos com iates e jatos como garantias.
Entre os milionários que não pagaram a conta figuram três oligarcas russos - Oleg Deripaska e os irmãos Arkady e Boris Rotenberg - a quem foram impostas sanções pelos EUA e que se viram mesmo obrigado a rescindir os contratos relacionados com jatos particulares.
Os slides chegam mesmo a indicar que o Credit Suisse chegou a estar disposto a alavancar 80% do valor detido pelos clientes em determinados produtos financeiros, algo que o próprio departamento de private banking considera "acima do padrão".
Embora o Credit Suisse já seja conhecido há muito tempo por conceder empréstimos para financiar compras de jatos particulares, o banco só entrou no mercado do financiamento de iates em 2014, tendo no final de 2021 uma carteira de pagamentos pendentes na ordem dos mil milhões de dólares, de acordo com os dados a que teve acesso o Financial Times.
A carteira também inclui empréstimos relativo a ações e obrigações, bem como a participações em private equity e hedge funds. A notícia surge numa altura em que o banco está ainda a recuperar do escândalo da Archegos Capital e da sangria desencadeada em bolsa pela saída do português António Horta Osório, depois de este ter pedido a demissão por ter violado a quarentena suíça.