A Nos revelou esta quarta-feira, 6 de Maio, que obteve lucros de 23,2 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, o que representa uma queda de 8% face aos primeiros três meses de 2014. A nível operacional, a Nos teve um primeiro trimestre de crescimento. As receitas totais aumentaram 2% para 344,1 milhões de euros.

A Nos fala de uma inversão na tendência de decréscimo. Também as receitas relacionadas com as telecomunicações subiram em 1,3%. Os outros negócios, ligados ao cinema e audiovisuais, também tiveram subidas nas receitas. A Nos ainda não conseguiu, no entanto, travar a queda do EBITDA, mas garante que mantém a tendência de recuperação dos trimestres anteriores, já que contabiliza uma queda de "apenas 1,5%" para 127,9 milhões de euros.

Para os analistas da unidade de investimento do BPI, "os resultados foram fracos nas margens mas com melhores" perspectivas sobre o número de serviços subscritos pelos clientes e "com receitas também acima das expectativas". "Esperamos uma reacção neutra a este conjunto de resultados", acrescenta a nota de análise do BPI a que o Negócios teve acesso. O BPI para a Nos tem a recomendação de "comprar" e o preço-alvo é de 6,30 euros. Por esta altura, as acções da Nos descem 2,23% para 6,355 euros, o que lhes confere um potencial de desvalorização em torno de 1%.

Já os analistas do BBVA estão mais optimistas. Numa nota de análise, a que o Negócios teve acesso, pode ler-se que a empresa apresentou bons resultados "com as receitas a mostrarem sinais inegáveis de inversão". "Melhorias na rendabilidade no negócio das telecomunicações têm ainda de ser confirmados mas na nossa visão vai ser inevitável seguir as tendências de topo. Na nossa opinião, a Nos oferece aos investidores uma boa oportunidade para aderir à recuperação portuguesa através de uma infra-estrutura sólida", apontam ainda os analistas do banco espanhol. O BBVA tem para a Nos a recomendação de "outperform" e o preço-alvo é de 7,50 euros. Com base na cotação actual, a empresa tem um potencial de valorização de 18%.

A Fidentiis, num breve comentário, aponta que a empresa liderada por Miguel Almeida apresentou resultados "ligeiramente acima das nossas estimativas com uma tendência de receitas encorajadora". O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ficou "ligeiramente à frente das nossas estimativas". "Os KPI [serviços subscritos por clientes] também parecem bem com um bom crescimento em todas as grandes linhas operacionais em conformidade com a tendência do quarto trimestre de 2014", pode ler-se ainda na nota. 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.