A Nos, empresa que resultou da fusão da Zon com a Optimus, pagou um bónus extraordinário aos trabalhadores. De acordo com o comunicado de divulgação dos resultados do primeiro trimestre deste ano, a empresa liderada por Miguel Almeida explica que há outros custos não recorrentes nas contas de 6,1 milhões de euros. Deste total, 2,6 milhões são gastos considerados relacionados com a fusão. E explica que "estes custos relacionados com a fusão reflectem totalmente o pagamento a todos os colaboradores da Nos (com excepção dos membros da comissão executiva), de um bónus extraordinário, não recorrente, em reconhecimento do excepcional desempenho de todos no sentido de tornar a fusão um êxito".

A comissão executiva não participa neste bónus, no entanto a assembleia-geral de accionistas que decorreu esta quarta-feira, 6 de Maio, decidiu atribuir um prémio de cerca de 900 mil euros aos administradores pelos resultados obtidos.

Os custos não recorrentes contribuíram para que os lucros caíssem 8% no primeiro trimestre deste ano, passando de 25,3 milhões para 23,2 milhões de euros. 

A nível operacional, a Nos teve um primeiro trimestre de crescimento. As receitas totais aumentaram 2% para 344,1 milhões de euros. A Nos fala de uma inversão na tendência de decréscimo. Também as receitas relacionadas com as telecomunicações subiram em 1,3%. os outros negócios, ligados ao cinema e audiovisuais, também tiveram subidas nas receitas.

Na televisão, a Nos conseguiu aumentar o número de clientes em 11,9 mil. A empresa salienta, ainda, o facto de com o aumento de 10,8% nos serviços de banda larga fixa, a barreira do milhão de clientes ter sido ultrapassada.

O número de subscritores de móvel aumentou 13,4% para 3,73 milhões, com a soma de mais 87,2 mil clientes, tendo no pós-pago subido 123,4 mil, o que a Nos atribui à "aposta nos produtos convergentes".

E são esses clientes que têm mais do que um serviço (os chamados produtos convergentes) que têm vindo a aumentar, levando a que já contratem um total de 2,2 milhões de serviços em pacote.

A Nos destaca, ainda, o desempenho no segmento empresarial. Em particular nas grandes contas a Nos garante que os clientes conquistados durante 2014 já estão a gerar receitas. "A instalação de outras grandes contas aproxima-se da sua conclusão, sendo que a sua contribuição para as receitas crescerá ainda mais ao longo dos próximos trimestres", acrescenta a empresa.

A Nos ainda não conseguiu, no entanto, travar a queda do EBITDA, mas garante que mantém a tendência de recuperação dos trimestres anteriores, já que contabiliza uma queda de "apenas 1,5%" para 127,9 milhões de euros.

No primeiro trimestre, a operadora continuou o investimento na rede. O CAPEX (investimento) aumentou 66,5% em termos homólogos para 94,3 milhões de euros. O investimento foi para aumentar a cobertura da sua rede fixa, tendo, actualmente, um número de casas com acesso à sua rede de 3,39 milhões.