O HSBC emitiu uma nota de análise em que altera a avaliação da Jerónimo Martins de 16,00 para 16,50 euros por acção. A recomendação passou de “neutral” para “overweight”, num documento onde os analistas dizem que a recente desvalorização das acções criou uma boa oportunidade para comprar ou reforçar a posição nos títulos.

O banco de investimento começa por notar que as acções da retalhista que é líder de mercado na Polónia está a negociar 25% abaixo do máximo histórico alcançado pelas acções no dia 25 de Abril de 2013.

“Acreditamos que a cotação actual oferece um bom ponto de entrada para investir naquela que é uma das poucas histórias de crescimento no sector europeu do retalho alimentar”, diz a nota de análise a que o Negócios teve acesso.

Para o banco de investimento, a redução das margens deverá ser ultrapassada devido à baixa rendibilidade dos restantes retalhistas da Polónia. “No entanto, até que os investidores vejam indícios de que a situação se normalizou, nos resultados do primeiro trimestre apresentados em Abril, as acções devem permanecer sob pressão”, refere o banco.

Os analistas notam que as acções negoceiam a um múltiplo de 18,1 vezes os resultados previstos (PER) para 2014 e que o múltiplo do preço face aos resultados ponderado pelo crescimento (PEG) é de apenas uma vez. Para o HSBC, estes são múltiplos adequados. O blogue do CFA Institute publica um artigo em que explica que um múltiplo PEG de um sinaliza que as acções se encontram a um preço equilibrado com o seu valor.

O banco britânico afirma que a liderança do mercado polaco pela Jerónimo Martins não está em risco, porque a retalhista Biedronka está a crescer a um ritmo mais acelerado que o dos concorrentes, apesar de já ser a maior cadeia em termos de número de lojas.

Os títulos da Jerónimo Martins seguem a valorizar 0,43% para 14,06 euros por acção e o preço-alvo do HSBC confere-lhes um potencial de valorização de 17,4%, que justifica a recomendação de "overweight".

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.