O UBS reduziu a avaliação da Jerónimo Martins de 19,0 para 16,3 euros por acção numa nota de análise publicada esta manhã. Os analistas incorporam o impacto da redução das margens que a Biedronka está a sofrer na Polónia e que é apenas parcialmente compensada pela melhoria “mais rápida” do mercado português.

A recomendação que os analistas atribuem aos títulos permanece em “comprar”, já que o preço-alvo continua a conferir um potencial de valorização superior a 20% às acções. A pressionar a avaliação atribuída aos títulos está a dinâmica de curto prazo das margens do negócio na Polónia.

“Incorporámos uma perspectiva de curto prazo para as margens pressionada pela intensa competição de preços na Polónia”, lê-se na nota de análise a que o Negócios teve acesso. “Antecipamos que as pressões irão persistir até, pelo menos, ao segundo trimestre de 2014”, acrescenta.

Contudo, a Jerónimo Martins deverá manter a sua posição de liderança na Polónia e beneficiar das melhorias no mercado português. Para os analistas do UBS, “a guerra de preços não vai durar para sempre e as vantagens competitivas da e escala irão resultar em continuados ganhos de quota de mercado”, explicam.

As acções da Jerónimo Martins seguem a descer 1,6% para 13,23 euros por acção, numa altura em que o sector do retalho avança 0,3% na sessão. Os títulos perdem 6,9% desde o início do ano e negoceiam próximo do mínimo de Outubro de 2010 de 13,085 euros em que tocaram no dia 15 de Janeiro.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.