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Haitong baixa preço-alvo da EDP Renováveis após apresentação de resultados

O Haitong decidiu baixar em 10 cêntimos o preço-alvo da EDPR, depois da cotada ter apresentado resultados trimestrais “pouco inspiradores”. Mantém a recomendação e diz que a EDPR “continua a ser uma das nossas top picks entre as utilities ibéricas”.

01 de Março de 2017 às 09:53
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A EDP Renováveis fechou o ano de 2016 com um resultado líquido de 56 milhões de euros, o que representa uma queda de 66% face aos lucros de 167 milhões de euros obtidos no ano anterior, de acordo com o comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.

Olhando apenas para o quarto trimestre do ano passado, a empresa liderada por Manso Neto obteve um resultado líquido de 27 milhões de euros. O EBITDA foi de 324 milhões de euros e as receitas de 440 milhões de euros, segundo o documento enviado ao regulador.

A EDP Renováveis fez ainda saber que vai estender a vida útil das suas centrais eólicas de 25 para 30 anos, em termos contabilístico. Este alargamento vai permitir amortizar os investimentos em mais cinco anos, o que terá um impacto positivo de 65 a 70 milhões de euros no resultado líquido anual já a partir deste ano.

Os analistas do banco de investimento Haitong emitiram entretanto uma nota de análise após a apresentação de resultados onde baixam o preço-alvo da cotada mas mantêm a recomendação em "comprar". O preço-alvo baixou de 8 euros para 7,90 euros. Por esta altura, na bolsa nacional as acções da EDP Renováveis soma 0,43% para 6,241 euros, o que significa que face ao preço-alvo atribuído pelo Haitong a empresa de energias limpas tem um potencial de valorização de 27%.

"A EDPR apresentou um conjunto de resultados, no quarto trimestre, pouco inspiradores" mas devido sobretudo a factores já conhecidos anteriormente, revela a nota a que o Negócios teve acesso. "Olhando para o futuro, a empresa tentou transmitir uma mensagem positiva sobre as perspectivas para o mercado das renováveis nos Estados Unidos". Assinalando para isso que "o novo ambiente político não vai diminuir a procura, isto numa altura em que as tecnologias estão a tornar-se mais competitivas e o sector das renováveis é um grande criador de postos de trabalho nos EUA, enquanto a esperada reforma fiscal pode não ser tão má quanto o temido".


Os analistas do Haitong escrevem ainda que "reiteramos a nossa recomendação de comprar, com uma revisão do Fair Value [preço-alvo] para 7,9 euros". A pequena descida no preço-alvo deve-se ao facto de o mercado norte-americano não representar um "cenário catastrófico".


O banco de investimento sustenta ainda que a EDP Renováveis "continua a ser uma das nossas ‘top picks’ das ‘utilities’ ibéricas".


CaixaBI mantém "opinião positiva" para a acção


A analista do Caixa BI, Helena Barbosa, numa nota de análise a que Negócios teve acesso, refere que apesar da queda superior a 60% no resultado líquido no ano passado, "consideramos que o investment case da EDPR se mantém sólido".


"Um crescimento acima da média, a elevada visibilidade nos objectivos traçados e a capacidade de realização de venda de activos por um valor bastante superior aos valores de mercado, justificam a nossa opinião positiva para a acção", refere.


O CaixaBI mantém a recomendação de "comprar" e o preço-alvo em 7,60 euros.

 
Nota: A notícia não dispensa a consulta das notas de "research" emitidas pelas casas de investimento, que poderão ser pedidas junto das mesmas. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar as notas de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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