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Lucros da EDP Renováveis caem 66% em 2016

A empresa liderada por Manso Neto fechou o ano de 2016 com lucros de 56 milhões de euros, um valor abaixo do esperado pelos analistas do CaixaBI.

O Haitong avalia as acções da EDP Renováveis em 8,00 euros, o que implica um potencial de valorização 35%. A recomendação é de comprar.

O banco de investimento assinala que a EDP Renováveis apresenta uma avaliação “muito atractiva”, estando a negociar em bolsa tendo em conta um cenário “muito pessimista”, com um crescimento nulo na capacidade instalada e um aumento de 50 pontos base no custo médio do capital. Trata-se de uma avaliação “injustificada, pois acreditamos que a acção deve começar a apresentar uma melhor prestação assim que as notícias nos Estados Unidos confirmarem que não era tão más como o esperado”.

O Haitong considera que o mercado reagiu de forma exageradamente negativa aos riscos regulatórios nos Estados Unidos devido à vitória de Donald Trump nas eleições. “Dado que a regulação nos Estados Unidos advém de três fontes (Presidente, Congresso e Estados) e pelo menos duas não mudaram, acreditamos que o risco regulatório é mais baixo do que está a ser apreendido pelo mercado”, acrescenta.
Miguel Baltazar/Negócios
28 de Fevereiro de 2017 às 07:24
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A EDP Renováveis fechou o ano de 2016 com um resultado líquido de 56 milhões de euros, o que representa uma queda de 66% face aos lucros de 167 milhões de euros obtidos no ano anterior.

Este valor fica aquém do esperado pelos analistas do CaixaBI que apontavam para uma descida de 64% para 60 milhões de euros.

Em comunicado enviado esta terça-feira, 28 de Fevereiro, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa liderada por Manso Neto justifica a variação com eventos não recorrentes, que impactaram positivamente os resultados de 2015 em 59 milhões de euros – como o ganho derivado da aquisição de controlo da ENEOP – e eventos não recorrentes que tiveram um efeito negativo de 47 milhões de euros em 2016 como o pré-pagamento/reestruturação da dívida e provisões de abates.

No ano passado, as receitas da EDP Renováveis aumentaram 7% face a 2015 para 1.651 milhões de euros, beneficiando da maior capacidade em operação e do maior factor de utilização.

"Os outros proveitos operacionais somaram 54 milhões de euros, beneficiando de um ganho de capital na venda cruzada dos parques eólicos na Polónia e com a comparação anual condicionada pelo ganho na aquisição de controlo de determinados activos da ENEOP", acrescenta o comunicado.

Já o EBITDA aumentou 3% para 1.171 milhões de euros (margem de 71%), enquanto os custos operacionais decresceram 6% para 533,6 milhões de euros. 

Em Portugal, a produção da EDP Renováveis aumentou 53%, num período em que o preço médio de venda caiu 7%. As vendas de electricidade cresceram 42% para 268,3 milhões de euros. 

No conjunto da Europa, a produção de electricidade da EDP Renováveis subiu 12% para 11,2 TWh e as recitas cresceram 10% para 913 milhões de euros. 

Por regiões, a subida mais expressiva das receitas foi no Brasil, com um aumento de 68% para 132,6 milhões de reais (cerca de 40,27 milhões de euros). Na América do Norte, a melhoria foi de apenas 1% para 780,5 milhões de dólares (cerca de 737,6 milhões de euros). 

No comunicado, a empresa informa ainda que o conselho de administração irá propor em assembleia-geral uma distribuição de dividendos de 44 milhões de euros, ou 5 cêntimos por acção.

(Notícia actualizada às 07:45)


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