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EDP Renováveis: "EUA continuam a ser um mercado muito atractivo e lucrativo"
João Manso Neto defendeu o investimento nos Estados Unidos e considera que a reforma fiscal de Donald Trump pode vir a ser positiva para a energética.
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Os Estados Unidos vão continuar a ser o alvo principal da EDP Renováveis nos próximos anos. Apesar das incertezas que rodeiam o futuro da energia verde no país, com a chegada de Donald Trump à Casa Branca, a eléctrica prevê que não venham a ter lugar mudanças substanciais no sector.
"Os Estados Unidos continuam a ser um mercado muito atractivo e lucrativo", disse o presidente da EDP Renováveis, João Manso Neto, esta terça-feira, 28 de Fevereiro, recusando que o "novo cenário político" venha a afectar este mercado.
Na conferência telefónica com analistas, o gestor enumerou cinco factores para sustentar que o cenário nos EUA não deverá mudar com Trump na Casa Branca.
Primeiro, a competitividade tecnológica do vento, cujo preço deverá recuar para os 32 dólares por megawatt/hora (MWh), tornando esta energia mais barata do que a solar fotovoltaica, o gás natural, o carvão e o nuclear.
Em segundo, a procura por renováveis deverá continuar a aumentar a nível estadual, com 29 estados a incorporarem mais energia no total da produção. A procura de energia verde por parte de empresas também deve continuar a crescer, aponta a EDP, que já assinou contratos de fornecimento com a Amazon, Bloomberg e Home Depot, GM e Philips.
O país também deverá registar um aumento de procura total de energia, com o encerramento de centrais a carvão nos próximos anos por atingirem o fim da sua vida útil, ou por não cumprirem metas ambientais não relacionadas com as emissões poluentes.
Em terceiro, a EDP Renováveis aponta os impactos positivos da indústria eólica/solar na economia norte-americana, com 300 mil postos de trabalho, mais do que o carvão, com 500 fábricas de produção eólica em 43 estados, e 600 fábricas a produzir bens para eólica e solar em 45 estados.
Em quarto, a companhia liderada por Manso Neto destacou o apoio tantos de republicanos como de democratas ao plano de incentivos fiscais para as renováveis, que termina no final de 2019. O novo secretário de Estado do Tesouro, Steven Mnuchin, disse recentemente no Senado que pretendia manter o plano de incentivos fiscais tal como está.
Por último, a eléctrica considera que a reforma fiscal que o presidente Donald Trump está a promover poderá ser "globalmente positiva" apesar de ser ainda "demasiado cedo para a avaliação de impactos absolutos". Actualmente as empresas pagam um imposto federal de 35%, mas uma reforma pode fazer este valor recuar para os 20%-25%, aponta a EDP.
Sobre o Clean Power Plan aprovado por Barack Obama, que prevê o encerramento de centrais a carvão de forma a reduzir as emissões poluentes, a EDP Renováveis antecipa que este plano venha a ser alterado pelo novo governo.
"Os Estados Unidos continuam a ser um mercado muito atractivo e lucrativo", disse o presidente da EDP Renováveis, João Manso Neto, esta terça-feira, 28 de Fevereiro, recusando que o "novo cenário político" venha a afectar este mercado.
"Os Estados Unidos vão continuar a ser um mercado sólido e vão continuar a ser o nosso mercado principal", destacou, apontando que 65% do novo investimento da empresa no total de 1,8 gigawatts (GW) vai ter lugar neste mercado.
Na conferência telefónica com analistas, o gestor enumerou cinco factores para sustentar que o cenário nos EUA não deverá mudar com Trump na Casa Branca.
Primeiro, a competitividade tecnológica do vento, cujo preço deverá recuar para os 32 dólares por megawatt/hora (MWh), tornando esta energia mais barata do que a solar fotovoltaica, o gás natural, o carvão e o nuclear.
Em segundo, a procura por renováveis deverá continuar a aumentar a nível estadual, com 29 estados a incorporarem mais energia no total da produção. A procura de energia verde por parte de empresas também deve continuar a crescer, aponta a EDP, que já assinou contratos de fornecimento com a Amazon, Bloomberg e Home Depot, GM e Philips.
O país também deverá registar um aumento de procura total de energia, com o encerramento de centrais a carvão nos próximos anos por atingirem o fim da sua vida útil, ou por não cumprirem metas ambientais não relacionadas com as emissões poluentes.
Em terceiro, a EDP Renováveis aponta os impactos positivos da indústria eólica/solar na economia norte-americana, com 300 mil postos de trabalho, mais do que o carvão, com 500 fábricas de produção eólica em 43 estados, e 600 fábricas a produzir bens para eólica e solar em 45 estados.
Em quarto, a companhia liderada por Manso Neto destacou o apoio tantos de republicanos como de democratas ao plano de incentivos fiscais para as renováveis, que termina no final de 2019. O novo secretário de Estado do Tesouro, Steven Mnuchin, disse recentemente no Senado que pretendia manter o plano de incentivos fiscais tal como está.
Por último, a eléctrica considera que a reforma fiscal que o presidente Donald Trump está a promover poderá ser "globalmente positiva" apesar de ser ainda "demasiado cedo para a avaliação de impactos absolutos". Actualmente as empresas pagam um imposto federal de 35%, mas uma reforma pode fazer este valor recuar para os 20%-25%, aponta a EDP.
Sobre o Clean Power Plan aprovado por Barack Obama, que prevê o encerramento de centrais a carvão de forma a reduzir as emissões poluentes, a EDP Renováveis antecipa que este plano venha a ser alterado pelo novo governo.