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Goldman Sachs destaca receitas "fortes" e capital "resiliente" no BCP

Ao contrário do BPI e do JPMorgan, o Goldman Sachs não mostra preocupação com a deterioração da margem financeira.

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30 de Julho de 2019 às 12:11
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O Goldman Sachs considera que o Banco Comercial Português apresentou resultados "em linha com o esperado", com os lucros a ficarem "apenas" 2 milhões abaixo das estimativas e o rácio de capital acima de 12%, "apesar de dois fatores relevantes (mas esperados) que foram negativos no segundo trimestre".

 

As ações do BCP estão a reagir aos resultados em forte queda, depois de os analistas do BPI e do JPMorgan terem mostrado preocupações com a deterioração da margem financeira do banco. O Goldman Sachs, de acordo com a nota de research a que o Negócios teve acesso, prefere destacar que os lucros antes de provisões saíram acima do esperado e que o capital mostra resiliência.   

 

Sobre a margem financeira, o Goldman assinala que ficou 1% acima do esperado, "devido sobretudo ao contributo da Polónia (a aquisição do Euro Bank foi contabilizada a partir de junho), já que nas outras geografias (Portugal e Moçambique) desceram".

 

O banco de investimento norte-americano destaca que, apesar do nível de custos (+1%) e imparidades (+2%) mais elevado, "o forte nível das receitas traduziu-se num lucro antes de provisões e lucro antes de impostos" que ficaram 3% acima do esperado.

 

Os resultados líquidos acabaram por ficar ligeiramente abaixo do previsto devido ao impacto dos impostos e dos minoritários, refere o Goldman Sachs, explicando que o BCP foi penalizado em 33,5 milhões de euros por ter deixado de reconhecer alguns ativos por impostos diferidos (DTA).

 

O BCP alcançou, no segundo trimestre, lucros antes de provisões de 238 milhões de euros e lucros antes de impostos de 99 milhões de euros. Os analistas apontavam para 232 milhões de euros e 96 milhões de euros, respetivamente. Os resultados líquidos foram de 16 milhões de euros, abaixo dos 18 milhões de euros previstos.

   

No que diz respeito ao capital, o Goldman Sachs diz que o rácio CET1 de 12,2%, apesar de representar uma descida de 50 pontos base, deve ser "visto como positivo", pois "o banco foi capaz de gerir o impacto negativo da aquisição do Euro Bank (49 pontos base), da descida da taxa de desconto do fundo de pensões (41 pontos base)" e outros fatores.  

 

O Goldman Sachs avalia as ações do BCP em 30 cêntimos, com uma recomendação de neutral.

 

As ações do BCP seguem a cair 4,83% para 23,84 cêntimos e já negociaram em mínimos do início de abril nos 23,29 cêntimos.

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