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Falta de visibilidade afasta analistas das acções do BES

No espaço de apenas uma semana, quatro bancos de investimento deixaram de emitir recomendação para os títulos do BES. É o resultado da incerteza quanto à solução para os problemas no GES.

Bruno Simão/Negócios
16 de Julho de 2014 às 16:30
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Não é um, nem dois, nem três. São já quatro os analistas suspenderam a cobertura das acções do BES na bolsa de Lisboa. O último a abandonar a cobertura foi o BBVA, depois dos três grandes bancos de investimento nacionais se terem afastado perante a falta de visibilidade sobre o futuro da instituição perante a crise que está a ser vivida no Grupo Espírito Santo.

 

O BBVA foi, segundo os dados compilados pela Bloomberg, o último banco de investimento a colocar "sob revisão" a avaliação atribuída ao BES, encolhendo para 10 o número de analistas que segue o banco. Antes desta decisão, a 14 de Julho, avaliava-o em 1,16 euros. O banco espanhol seguiu o exemplo dado pelos pares nacionais: Millennium IB, BPI e CaixaBI que também deixaram de acompanhar as acções.

 

O Millennium IB refere, na sua última nota de investimento, que colocou o BES "sob revisão, já que precisamos de actualizar o nosso modelo" de avaliação. O BPI, por seu lado, colocou as estimativas, preço-alvo e recomendação do BES "sob revisão", como "resultado da falta de visibilidade do plano de reestruturação do GES e dos impactos para o BES bem como das incertezas em relação ao negócio em Angola", explica Carlos Peixoto.

 

"Notando a falta de informação detalhada em alguns tópicos de análise, como sejam a reestruturação futura do Grupo Espírito Santo e o processo de ajustamento da actividade em Angola (BESA), alteramos a nossa recomendação de ‘manter’ para ‘recomendação suspensa’", diz o CaixaBI, num nota de investimento emitida no passado dia 11 de Julho. A avaliação era, antes da suspensão, de 1,30 euros.

 

"Actualizaremos as nossas estimativas e respectiva avaliação após a divulgação de novas informações", acrescenta o analista André Rodrigues, do CaixaBI, que, nesta última nota de "research", aproveitou para salientar que "de um ponto de vista fundamental, mantemos uma visão positiva de médio a longo prazo sobre a tese de investimento do BES".

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