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CaixaBI: Especulação na banca tem suportado acções do sector

O CaixaBI realça que as negociações no BPI têm aumentado a especulação, sustentando as acções do sector financeiro português. Novos desenvolvimentos deverão ser anunciados em breve, esperam os analistas.

Pedro Trindade/Negócios
23 de Março de 2016 às 09:19
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A "holding" de Isabel dos Santos voltou a confirmar as negociações com o CaixaBank no BPI, adiantando, porém, que não há qualquer acordo. O CaixaBI refere que as notícias em torno de uma tentativa de entendimento e o ângulo especulativo que estão a criar têm sustentado a valorização das acções do sector. Títulos seguem a corrigir esta sessão.


Depois de terem estado suspensas durante a última sessão, após a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ter pedido a divulgação de informação por parte do banco, as acções do BPI voltarem a negociar esta manhã, depois da Santoro ter emitido um comunicado onde adianta que "têm sido mantidas negociações com representantes do CaixaBank mas, nesta data, não existe qualquer acordo".


"O conjunto de notícias relacionadas com esta matéria, e o ângulo especulativo que as mesmas proporcionam, têm suportado a ‘performance’ positiva das acções dos bancos nacionais nas últimas semanas (subida de cerca de 29,5% no caso do Banco BPI e de 27% no caso do BCP)", refere o analista do CaixaBI André Rodrigues, num comentário aos acontecimentos em torno da instituição.


O mesmo especialista lembra que "estas entidades confirmaram que têm mantido contactos quer com o BPI quer entre si, no contexto de encontrar uma solução para a situação do excesso de concentração de riscos no BPI decorrente da sua participação de controlo no Banco Fomento de Angola".


Dado que o BPI tem que apresentar uma solução para resolver o limite de exposição a Angola até ao próximo dia 10 de Abril, o CaixaBI espera "desenvolvimentos em relação a este tema no curto prazo".

Já o Haitong realça que as negociações prosseguem, ainda que não haja por enquanto "detalhes sobre o possível acordo".


Face a esta situação, a Moody’s a colocou o "rating" do BPI em avaliação, tendo em vista uma descida da notação do banco liderado por Fernando Ulrich. Maria Jose Mori e Carola Schuler, analistas da agência justificaram a decisão de colocar a notação sob revisão devido à falta de soluções para o banco resolver o problema regulatório da exposição a Angola. A classificação actual do BPI é de Ba3, três níveis abaixo de grau de investimento.

As acções do BPI seguem a corrigir. Descem 0,83% para 1,314 euros.

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