Foi um namoro curto. A americana Kraft Foods apresentou uma proposta de compra da Unilever, que avaliava a holandesa em 143 mil milhões de dólares (quase 135 mil milhões de euros). A oferta foi conhecida na sexta-feira, 17 de Fevereiro, quando se soube que a Unilever tinha rejeitado o negócio.

Não há "nenhum mérito, quer financeiro, quer estratégico, para os accionistas da Unilever", considerou a Unilever. A Kraft disse então que, apesar da rejeição, iria continuar a trabalhar para que as empresas chegassem a um acordo.

Este contexto levou as acções das duas cotadas para máximos históricos. A Unilever chegou a subir mais de 13%, enquanto a Kraft avançou 9%.

Mas, ao contrário da expectativa criada por muitos investidores, o que acabou por acontecer foi a retirada da oferta ainda durante o fim-de-semana.

"A Unilever e a Kraft Heinz têm-se ambas em elevada consideração. (...) A Kraft Heinz tem o maior respeito pela cultura, estratégia e liderança da Unilever," refere um comunicado divulgado por ambas as companhias, citado pela Bloomberg, e que põe fim à aproximação. 

E as acções estão a reagir em queda, com a Unilever a descer 7,94% para 41,245 euros e a Kraft (no mercado alemão) a ceder 6,40% para 85,191 euros.