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3G Capital tem 9.500 milhões para gastar. E está à procura da próxima compra

Depois de ter ficado de "mãos a abanar" na oferta pela Unilever, a 3G Capital - que normalmente faz parceria com Buffett nas aquisições - está pronta para avançar para uma nova compra. E procura quem queira investir com ela, refere o FT.

Bloomberg
20 de Fevereiro de 2017 às 20:45
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A 3G Capital, a empresa de private equity accionista da Kraft Heinz – a multinacional que esta semana desistiu da oferta de 143.000 milhões de dólares pela Unilever -, tem em mãos 10.000 milhões de dólares (9.500 milhões de euros à cotação actual) para aplicar numa próxima compra.

O valor é avançado pelo Financial Times, que cita várias pessoas ligadas à empresa. A esses 10.000 milhões a companhia espera juntar mais 5.000 milhões de dólares de outros investidores e avançar em breve para uma aquisição.

O jornal refere que o fundo investe normalmente em parceria com Warren Buffett (neste caso através da Berkshire Hathaway), seu parceiro no capital da Kraft Heinz. E que esta tentativa de compra da Unilever foi a primeira do género em que não foi bem sucedida.

O objectivo da aquisição era usar a multinacional europeia para gerar poupanças significativas na actividade da Kraft Heinz através do negócio de alimentação e abrir portas à 3G na área dos produtos para o lar e cuidados pessoais, depois de se ter cingido nos últimos anos à área alimentar com investimento na Kraft Heinz, Anheuser-Busch InBev e Burger King.

Esta geração de poupanças por sinergia é apontada pelo Wall Street Journal como uma das principais motivações para o negócio, uma vez que a Kraft Heinz já não consegue encontrar formas de melhorar a sua rentabilidade com os cortes de custos a nível interno.

Um cenário que é contudo negado pelo administrador financeiro da multinacional, Paulo Basílio, que na semana passada referia que o caminho da empresa passa por investir mais em marketing, melhorar a qualidade dos produtos de alimentação produzidos e desenvolver novos produtos para impulsionar as vendas. "Não precisamos de outra aquisição para criar valor," garantiu.

Entre os possíveis alvos de uma futura aquisição da Kraft ou da 3G sobre os quais se especula constam a Mondelez International – que se separou da Kraft em 2012 -, além da General Mills, da Kellogg e da  Campbell Soup, estas duas últimas menos passíveis de serem compradas através de ofertas hostis devido às suas estruturas de capitais.

Na área dos cuidados pessoais, a Colgate-Palmolive, a Kimberly-Clark e a Clorox também são vistas como potenciais alvos de aquisição.

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