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Acções da Unilever e Kraft disparam para máximos históricos
Nunca as acções da Unilever e da Kraft valeram tanto. Os títulos estão a disparar depois de ter sido noticiado que a Unilever rejeitou uma oferta de 130 mil milhões da Kraft Heinz.
As acções da Unilever estão a subir 11,20% para 44 euros, tendo tocado nos 44,315 euros, o que corresponde ao valor mais elevado desde que negoceiam em bolsa (1989).
Já a Kraft está a subir 8,51% para 94,705 dólares, tendo chegado a negociar nos 94,77 dólares, o que também corresponde ao nível mais alto de sempre, sendo que as acções só negoceiam em bolsa desde 2015.
Estas subidas acentuadas surgem no dia em que foi noticiado que a Unilever rejeitou a proposta de compra lançada pela americana Kraft Heinz.
A oferta da Kraft ascendia a 50 dólares por cada acção da Unilever, um valor que seria pago em parte em dinheiro (30,23 dólares) e a restante em acções da americana (0,222 títulos por cada um detido da Unilever). Esta oferta avalia a Unilever em aproximadamente 143 mil milhões de dólares (134,4 mil milhões de euros ao câmbio actual).
A oferta implica um prémio de 18% face ao valor de fecho das acções na última sessão.
Mas a proposta foi rejeitada por considerar que não há "nenhum mérito, quer financeiro, quer estratégico, para os accionistas da Unilever".
As acções estão assim a reflectir a expectativa dos investidores de que as duas empresas possam chegar a um acordo. Isto apesar de a Unilever ter dito não ver bases para futuras discussões. E, por isso, "a Unilever PLC [divisão britânica do grupo] e a Unilever NV [divisão do grupo com sede nos Países Baixos] recomenda que os accionistas não tomem nenhuma atitude" em relação ao negócio proposto. "Futuros anúncios serão feitos, caso seja apropriado", acrescenta a empresa holandesa num comunicado emitido esta sexta-feira.