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Snap afunda mais de 20% após resultados. Fundadores perdem mais de 2 mil milhões

As acções da rede social estão em forte queda mas permanecem acima do valor do IPO realizado em Março.

Reuters
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A Snap está esta quinta-feira, 11 de Maio, em queda acentuada na bolsa norte-americana, em reacção aos resultados decepcionantes que apresentou após o fecho da sessão de quarta-feira em Wall Street.

 

As acções afundam 21,09% para 18,1342 dólares, tendo já registado uma queda máxima de 23,46%.

 

Uma descida que já se antevia tendo em conta o comportamento dos títulos no mercado "after hours". Apesar da queda acentuada, a Snap continua a dar lucro aos investidores que compraram as acções a 17 dólares no IPO realizado a 1 de Março.

 

Contudo, até ontem as acções estavam a valorizar 35% face à entrada em bolsa e à cotação de hoje o ganho é de apenas 6,7%. A queda desta quinta-feira está a reduzir a fortuna dos fundadores da tecnológica. Evan Spiegel e Bobby Murphy, cada um, perderam mil milhões de dólares só com a queda na sessão de hoje.

 

Prejuízos de mais de 2 mil milhões de dólares

 

A empresa, cuja aplicação móvel permite que os utilizadores enviem mensagens de foto e vídeo que depois desaparecem, anunciou que conquistou oito novos milhões de utilizadores activos no primeiro trimestre deste ano, para um total de 166 milhões, com o crescimento a diminuir assim para 36% face ao apurado um ano antes. Os seis analistas inquiridos pela Bloomberg apontavam para uma média total de 168 milhões de utilizadores.

As receitas, por seu lado, também ficaram aquém do projectado. Cifraram-se em 149,6 milhões de dólares, quando a estimativa média dos analistas auscultados pela Bloomberg colocava a facturação nos 158,6 milhões.

Por seu turno, o resultado líquido foi negativo em 2,21 mil milhões de dólares, quando no período homólogo de 2016 tinha reportado perdas de 104,5 milhões. 

 

Segundo a Bloomberg, esta menor conquista de utilizadores é um sinal de que a jovem empresa poderá ter problemas em expandir a sua audiência quando a gigante Facebook está a replicar as suas características mais populares.

Com efeito, o Instagram, por exemplo, que pertence à rede social liderada por Mark Zuckerberg, já oferece as mesmas possibilidades que o Snapchat, o que está a penalizar a tecnológica mais jovem - sediada em Los Angeles.

 
No passado dia 18 de Abril, Zuckerberg anunciou que, em vez de esperar pelos óculos de realidade aumentada, iria arrancar com esse projecto no Facebook com recurso às câmaras fotográficas dos smartphones. As pessoas poderão usar os seus telemóveis para disputarem jogos virtualmente em mesas de café, justapor e comparar em vídeo as estatísticas sobre o desempenho diário no jogging, deixar um lembrete virtual no frigorífico e muito mais, afirmou o CEO da rede social.

 

Trata-se de uma evolução do tipo de tecnologia em que também a Snap Inc. foi pioneira, ao permitir que as pessoas transformem os seus rostos em personagens divertidas, ‘fingindo’ serem bonecos ou fazendo de conta que estão a ‘vomitar arco-íris’, sublinhava na altura a Bloomberg.

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