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Dona do Snapchat pode angariar até 4 mil milhões com o IPO

A Snap, dona do Snapchat, vai abrir o seu capital. Num documento revelado recentemente é possível perceber que a tecnológica teve receitas superiores a 400 milhões de dólares no ano passado.

Reuters
03 de Fevereiro de 2017 às 11:23
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No final do ano passado, várias notícias vieram a público indicando que a Snap, criadora do Snapchat, pretendia abrir o seu capital e entrar em bolsa. Nas últimas horas foram revelados os documentos que empresa entregou ao regulador do mercado de capitais norte-americano (U.S. Securities and Exchange Commission).

Nestes documentos, a empresa liderada por Evan Spiegel revela que teve receitas de 404,5 milhões de dólares (mais de 374 milhões de euros) em 2016, quase mais sete vezes as receitas do ano anterior, de acordo com a Bloomberg.

Este valor, de acordo com fontes citadas pela agência, superou as estimativas que a própria empresa tinha e que apontavam para receitas de 350 milhões de dólares (324 milhões de euros). No entanto, a subida das receitas não impediu que a empresa registasse prejuízos de 514,6 milhões de dólares (476,8 milhões de euros), o valor bem pior que os 372,9 milhões (345,5 milhões de euros) em 2015.


O Snapchat tem 158 milhões de utilizadores diários activos. Um valor que contrasta com os 400 milhões do Instagram, adianta a agência de informação financeira.


A Snap quer também angariar 3 mil milhões de dólares (2,7 mil milhões de euros), um valor estimado para ajudar a estipular as comissões da operação, escreve o The New York Times. O valor conseguido com esta operação pode mesmo chegar aos 4 mil milhões de dólares, um número, de acordo com a mesma publicação, que faria desta uma das tecnológicas com uma das entradas em bolsa mais valiosa da história dos Estados Unidos.

De acordo com a documentação entregue ao regulador, Spiegel recebeu 4,1 milhões de dólares em remunerações nos últimos dois anos. Este valor inclui salário e bónus.

O fundo de capital de risco Benchmark Capital é uma das entidades que detém o maior número de acções da tecnológica, tendo 12,7% de acções de classe A. A Lightspeed Venture Partners é outra das accionistas, tendo 8% de acções de classe A da Snap, de acordo com o jornal.

Ainda assim, os principais accionistas da empresa são os fundadores: Bobby Murphy e Evan Spiegel. Em conjunto detêm quase 89% do poder de voto na empresa, e vão manter esse poder depois da oferta inicial de venda (IPO na sigla em inglês), dado que as acções que vão ser vendidas ao público não vão dar poder de voto, segundo a mesma fonte.

A Snap tem 1.859 funcionários.

Snap há meses a trabalhar num IPO

Em Outubro do ano passado surgiram as primeiras notícias que avançavam que a Snap, antiga Snapchat, estava a trabalhar numa oferta pública inicial que poderia avaliar esta tecnológica em mais de 20 mil milhões de dólares. Na altura, a imprensa relatava que a start-up estaria a preparar a documentação para esta operação com vista a começar a vender acções a partir do final de Março de 2017. 

A empresa liderada por Spiegel terá contratado os bancos Goldman Sachs e o Morgan Stanley para a ajudarem na operação.

E, em meados de Novembro, a imprensa norte-americana escrevia que a Snap tinha submetido os formulários necessários à dispersão de capital no mercado accionista.

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