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Snapchat conquista menos utilizadores do que se previa e afunda 21%

A aplicação Snapchat, da tecnológica norte-americana Snap Inc., captou nos primeiros três meses do ano menos utilizadores do que esperava. Acções seguem no vermelho, a afundar 21%.

Reuters
10 de Maio de 2017 às 22:42
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Esta quarta-feira foi dia de bom desempenho para o índice tecnológico norte-americano Nasdaq. Mas, entre as suas cotadas, houve quem negociasse em contraciclo.

 

Foi o caso da Snap Inc., depois de reportar, a seguir ao fecho das bolsas do outro lado do Atlântico, que a sua aplicação Snapchat captou menos utilizadores no primeiro trimestre do que aquilo que tinha previsto.

A Snap, cuja aplicação móvel permite que os utilizadores enviem mensagens de foto e vídeo que depois desaparecem, anunciou que conquistou oito novos milhões de utilizadores activos no primeiro trimestre deste ano, para um total de 166 milhões, com o crescimento a diminuir assim para 36% face ao apurado um ano antes. Os seis analistas inquiridos pela Bloomberg apontavam para uma média total de 168 milhões de utilizadores.

As receitas, por seu lado, também ficaram aquém do projectado. Cifraram-se em 149,6 milhões de dólares, quando a estimativa média dos analistas auscultados pela Bloomberg colocava a facturação nos 158,6 milhões.

Por seu turno, o resultado líquido foi negativo em 2,21 mil milhões de dólares, quando no período homólogo de 2016 tinha reportado perdas de 104,5 milhões. 

 

Segundo a Bloomberg, esta menor conquista de utilizadores é um sinal de que a jovem empresa poderá ter problemas em expandir a sua audiência quando a gigante Facebook está a replicar as suas características mais populares.

Com efeito, o Instagram, por exemplo, que pertence à rede social liderada por Mark Zuckerberg, já oferece as mesmas possibilidades que o Snapchat, o que está a penalizar a tecnológica mais jovem - sediada em Los Angeles.

 
No passado dia 18 de Abril, Zuckerberg anunciou que, em vez de esperar pelos óculos de realidade aumentada, iria arrancar com esse projecto no Facebook com recurso às câmaras fotográficas dos smarphones. As pessoas poderão usar os seus telemóveis para disputarem jogos virtualmente em mesas de café, justapor e comparar em vídeo as estatísticas sobre o desempenho diário no jogging, deixar um lembrete virtual no frigorífico e muito mais, afirmou o CEO da rede social.

 

Trata-se de uma evolução do tipo de tecnologia em que também a Snap Inc. foi pioneira, ao permitir que as pessoas transformem os seus rostos em personagens divertidas, ‘fingindo’ serem bonecos ou fazendo de conta que estão a ‘vomitar arco-íris’, sublinhava na altura a Bloomberg.

A Snap, que fechou a sessão regular desta quarta-feira a valer 22,98 dólares, segue a cair 21% para 18,15 dólares na negociação fora de horas em Nova Iorque.

Desde o IPO de 1 de Março, nos 17 dólares, a empresa acumulava um ganho de 35% no encerramento da sessão de hoje. Mas, com a queda que está a sofrer, reduziu essa valorização para 6,7%.

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