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Rui Vilar investe 26,8 mil euros na compra de acções da REN na privatização

O presidente executivo da gestora da rede eléctrica nacional adquiriu um bloco de 10 mil acções da empresa durante a oferta pública de venda da participação estatal de 11%. Pagou 2,68 euros por cada uma.

Miguel Baltazar/Negócios
24 de Junho de 2014 às 18:09
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Rui Vilar participou na última fase da privatização da REN – Redes Energéticas Nacionais, empresa da qual é presidente. Nessa operação, o gestor investiu 26,8 mil euros.

 

De acordo com um comunicado publicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Rui Vilar adquiriu 10.000 acções da REN a 2,68 euros cada. O que resultou num investimento global de 26.800 euros.

 

A data da operação é 17 de Junho de 2014, data da liquidação física e financeira das acções que foram alienadas durante a oferta pública de venda que ocorreu no início desse mês.

 

"No seguimento desta transacção, são imputáveis a o Senhor Dr. Emílio Rui Vilar, nos termos do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários, as seguintes acções representativas do capital social e dos direitos de voto da REN: 10.390", aponta o comunicado. Ou seja, antes da operação, Vilar, que acumula a presidência executiva com a liderança do conselho de administração desde a saída de Rui Cartaxo em Março, tinha 390 títulos da cotada.

 

Neste momento, a posição é mais relevante. Esta terça-feira, 24 de Junho, as acções da REN fecharam a valer 2,715 euros cada uma. O que indica que a posição actualmente detida por Vilar está avaliada em 28,2 mil euros.

 

A aquisição de títulos da companhia foi feita na operação através da qual o Estado vendeu a última participação que detinha na empresa (11%, divididos entre Parpública e Caixa Geral de Depósitos). Essa alienação foi concretizada através de duas operações: venda a institucionais (como bancos), que representou a grande fatia da operação, e a oferta pública de venda, dirigida ao público em geral. É nesta última, que mereceu uma reduzida adesão por parte dos pequenos investidores,que se inserem as transacções protagonizadas pelo presidente executivo.

 

Tanto na venda directa como na oferta pública, as acções foram alienadas a 2,68 euros. No caso da OPV, os trabalhadores beneficiaram de um desconto de 5%, pelo que pagaram 2,546 euros por acção. Rui Vilar não beneficiou de tal desconto.

 

Esta foi a última fase de privatização da REN, sendo que, neste momento, o Estado já não tem qualquer posição na empresa. 

 
Quem são os dirigentes de uma empresa

Além dos membros da administração ou do conselho executivo, alguns directores de uma determinada empresa também têm de informar sobre a negociação de valores mobiliários relacionados com a empresa em que trabalham.

 

Segundo o artigo 248º B do código de valores mobiliários, "consideram-se dirigentes os membros dos órgãos de administração e de fiscalização do emitente e os responsáveis que, não sendo membros daqueles órgãos, possuem um acesso regular a informação privilegiada e participam nas decisões sobre a gestão e estratégia negocial do emitente".

 

O cônjuge de dado dirigente ou com quem viva em união de facto, os descendentes "a seu cargo" e outros familiares com que coabitem há mais de um ano são considerados "pessoas estritamente relacionadas com os dirigentes", recaindo sobre eles também estes deveres de informação específicos.

 

As transacções só têm de ser comunicadas, de acordo com o artigo 14º do regulamento da CMVM 5/2008, se o valor em causa atingir os cinco mil euros.

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