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Queda dos lucros da indústria dá segunda sessão de perdas à bolsa chinesa
A bolsa da China atingiu mínimos de Novembro de 2014 durante a sessão, depois de ter sido divulgado que os lucros da indústria desceram 4,7% em Dezembro. Foi o sétimo mês consecutivo de decréscimo. O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, veio entretanto negar responsabilidades do país na crescente volatilidade dos mercados.
A bolsa chinesa encerrou em queda esta quarta-feira, 27 de Janeiro, pela segunda sessão consecutiva, pressionada pela queda dos lucros da indústria, que aumentou os receios em torno do abrandamento da segunda maior economia do mundo.
O Shanghai Composite desvalorizou 0,52% para 2.735,558 pontos, depois de ter chegado a afundar um máximo de 4,05% para 2.638,302 pontos, o valor mais baixo desde Novembro de 2014. Uma evolução que prolonga o pessimismo da sessão de ontem, em que o índice chinês afundou 6,4%. Já o CSI 300 caiu 0,35% para 2.930,352 pontos.
O abrandamento da economia chinesa está a penalizar os resultados das empresas do país, assim como companhias globais, como a Apple, que prevê um declínio das vendas pela primeira vez em mais de uma década.
Dados revelados esta quarta-feira mostram que os lucros da indústria chinesa caíram 4,7% em Dezembro, depois da quebra de 1,4% registada no mês anterior. Foi o sétimo mês consecutivo de descida dos lucros, a maior série de perdas desde 2011.
O Shanghai Composite Index já desvaloriza 25% este ano, a pior desempenho entre 93 índices seguidos pela Bloomberg.
Contudo, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang referiu esta quarta-feira, numa conferência, que o país alcançou as suas principais metas económicas em 2015, mostrando-se confiante que a China vai ser capaz de superar os desafios.
Segundo a Reuters, Li Keqiang negou ainda a responsabilidade do seu país na crescente volatilidade dos mercados e pediu mais confiança no futuro da segunda maior economia mundial.
Esta quarta-feira, o yuan offshore registou uma descida ligeira de 0,01% para 6,6113 por dólar, depois de o banco Popular da China ter dado indicações aos bancos chineses em Hong Kong para não emprestarem yuan, de forma a reduzir o "short-selling" e diminuir a liquidez.
Mas se em Xangai, o dia foi de perdas, no Japão a bolsa recuperou das perdas da sessão de terça-feira. O Nikkei subiu 2,72% para 17.163,92 pontos, acima do fecho de segunda-feira. Na terça a bolsa desvalorizou 2,35%. Também o Topix recuperou nesta sessão, ao subir 2,98% para 1.400,70 pontos. Em Hong Kong o dia também foi de ganhos com o Hang Seng a valorizar 1,35% e o Hang Seng Enterprises a subir 1,15%.