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PT cai quase 13% naquela que foi a pior sessão de sempre

As acções da Portugal Telecom fecharam com uma queda de quase 13%, algo que nunca antes tinha acontecido. A saída de Zeinal Bava da Oi está a provocar uma descida acentuada das acções da brasileira, o que está a condicionar o comportamento da PT em bolsa.

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As acções da Portugal Telecom fecharam a cair 12,92% para 1,416 euros, tendo chegado a cair mais de 13%. Esta é a descida mais pronunciada de sempre. A segunda é de 12,88% e foi verificada em Abril de 2009.

 

A descida das acções da empresa nacional é justificada pelo comportamento que estão a ter os títulos da Oi - detida em 25% pela PT -, que têm sido penalizadas pela saída de Zeinal Bava da operadora. Esta quinta-feira, os títulos descem 7,24% para 1,41 reais, acumulando assim uma descida de quase 18% nos últimos dois dias.

 

As reacções dos analistas não se fizeram esperar à saída de Zeinal Bava da empresa, considerando que a saída do gestor português aconteceu no pior momento possível para a quarta maior operadora de telecomunicações brasileira.

 

"Consideramos Zeinal Bava como a pessoa chave por detrás do plano da empresa para melhorar as operações e para aplicar capital mais eficientemente, especialmente com a sua experiência de sucesso na Portugal Telecom", escreveram os analistas da Credit Suisse.

 

O facto de só ter entrado para a empresa há um ano fez com que as medidas tomadas por si - como a redução dos investimentos anuais e o corte dos custos operacionais - ainda não tivessem surtido efeito, aponta o banco Bradesco. "Todas estas iniciativas foram tomadas nas fases iniciais sem resultados significativos para os resultados da empresa".

 

Para o substituir no cargo, já foi avançado o nome de Amos Genish, fundador e presidente da GVT. Contudo, a Oi já veio negar estar em negociações com Amos Genish.

 

A saída de Zeinal Bava deverá acelerar a consolidação do mercado de telecomunicações brasileiro. A questão agora passa por saber se a Oi é comprada pela Tim ou se é a Tim a comprar a Oi.

 

A operadora Tim - detida pela Telecom Italia - veio ontem a público dizer que, até ao momento, ainda não avançou para a compra da Oi. Mas garante que "está atenta a quaisquer oportunidades" de negócio.

 

"Agora a única questão passa por saber se é a Oi ou a Tim" que avançam para a compra da outra empresa, aponta a casa de investimento BTIG.

 

Altamente endividada, a Oi precisa de poder de fogo para avançar para a Tim. Aqui poderá ser crucial a venda da PT Portugal para ter dinheiro para o negócio. O fundo Altice, liderado pelo investidor francês Patrick Drahi, já se mostrou interessado na compra da PT Portugal.

 

Os franceses da Altice estão em Portugal para falarem com o Governo e os accionistas da PT Portugal. O grupo dono da Cabovisão tem se desdobrado em reuniões, para garantir que todos os accionistas e Governo tenham conhecimento do seu plano para os activos da PT Portugal, soube o Negócios.

  

"A venda dos activos portugueses pode ser um catalizador para a consolidação no Brasil, porque pode angariar financiamento para a Oi participar na oferta pela Tim", analisa o Credit Suisse.

 

Este negócio poderá ser feito a solo ou em trio - com a Oi a ser acompanhada pela Vivo e pela Claro na operação, de forma a dividir os espólios da empresa da Telecom Italia, com o mercado brasileiro a ficar dividido em três grandes players.

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