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PSI-20 desce mais de 0,5% e anula ganhos de 2019

A bolsa nacional está a desvalorizar mais de meio por cento e a anular os ganhos que tinha acumulado em 2019.

15 de Agosto de 2019 às 11:36
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O PSI-20 está a desvalorizar 0,64% para os 4.720,17 pontos, negociando pela primeira vez este ano abaixo dos pontos com que iniciou 2019. A desvalorização desde o arranque do ano situa-se nos 0,05%.

A praça lisboeta tinha iniciado 2019 nos 4.731,47 pontos. A 16 de abril atingiu um pico nos 5.429,32 pontos - o que tinha implícito uma valorização anual superior a 10% -, tendo depois perdido valor. Foi em julho e em agosto que a tendência de queda acabou por se afirmar e apagar os ganhos do ano.  

Recorde-se que a sessão de hoje decorre durante um feriado e num mês tradicionalmente de férias pelo que a negociação deverá ter menos volume.
A meio da sessão, a bolsa nacional intensificou as perdas com que arrancou a sessão desta quinta-feira, 15 de agosto, acompanhando as quedas da Europa. A nível internacional, a negociação está a ser afetada pelas mais recentes declarações da China sobre os EUA, acusando Trump de desrespeitar o acordo de Osaka e ameaçando com mais tarifas, o que prejudica ainda mais o sentimento negativo dos investidores.

Ontem em Wall Street as bolsas registaram a pior sessão do ano, isto no dia em que os juros a dez anos da dívida norte-americana negociaram abaixo dos juros a dois anos, uma inversão da curva de rendimentos que tende a antecipar recessões económicas. Além disso, tanto na Europa como na China houve a divulgação de dados económicos negativos.

Em Lisboa, neste momento, 13 cotadas seguem em baixa, três em alta e duas estão inalteradas.

A cotada que mais desce é a Pharol com uma queda de 5,38% para os 12,3 cêntimos, ainda a refletir a notícia de que o BCP acionou a garantia de um empréstimo da High Bridge (que entrou em incumprimento). A garantia eram ações da Pharol, equivalentes a cerca de 10% do capital da empresa liderada por Palha da Silva, com o banco a deixar claro que o seu objetivo é que estes títulos sejam vendidos. Uma posição que aumenta a pressão sobre as ações, uma vez que a expectativa é que seja libertada uma quantidade significativa de ações no mercado.

Também o BCP segue em baixa ao perder 1,92% para os 19,4 cêntimos. O setor da banca continua a ser penalizado pela perspetiva de que haja mais cortes de juros diretores por parte dos bancos centrais, expectativa reforçada pela travagem económica que os dados económicos revelados ontem tornaram mais evidente.

O setor do papel também está em terreno negativo assim como o setor energético. As ações da Altri descem 1,74% para os 5,36 euros e os títulos da Gap Energia cedem 1,34% para os 12,5 euros, negociando em mínimos de novembro de 2016. Os CTT perdem 1,5% para os 1,773 euros, voltando a atingir mínimos históricos. 

A travar maiores perdas na bolsa nacional estão as subidas da Ibersol, da Ramada e da Sonae Capital.
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