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Abertura dos mercados: Bolsas europeias resistem às quedas e juros dos EUA a 30 anos abaixo dos 2% pela primeira vez

Pela primeira vez na história recente, os juros da dívida norte-americana a 30 anos estão a negociar abaixo dos 2%, aumentando a preocupação dos investidores com o risco de recessão. Para já, as bolsas europeias estão a resistir às quedas.

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Os mercados em números
PSI-20 desce 0,32% para 4.735,32 pontos
Stoxx 600 valoriza 0,09% para 366,50 pontos
Nikkei desceu 1,21% para os 20.405,65 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1,3 pontos base para 0,176%
Euro ganha 0,08% para 1,1148 dólares
Petróleo em Londres deprecia 0,2% para 59,37 dólares por barril

Bolsas europeias à procura de tendência após sell off em Wall Street

As bolsas europeias negoceiam ainda sem tendência definida, mas escapam às fortes quedas sofridas ontem em Wall Street. Com o medo de recessão a crescer, os índices de ações norte-americanos fecharam a sessão com perdas em torno de 3%, sendo que o Dow Jones registou mesmo a queda mais forte de 2019.  

As perdas intensificaram-se nas últimas horas de negociação, mas esta quinta-feira os futuros sobre os índices norte-americanos estão todos em terreno positivo (os futuros sobre o S&P500 avançam 0,57%), o que está a dar o mote para um sentimento menos negativo nas praças europeias. A contribuir para uma abertura tranquila nas praças europeias está também o comportamento das praças asiáticas, já que as ações chinesas negociaram em terreno positivo.

À procura de mais sinais sobre a saúde da economia global, os investidores vão hoje focar atenções nos dados das vendas a retalho e produção manufatureira nos Estados Unidos, enquanto na frente empresarial aguardam com expectativa os resultados da Wal Mart e da Alibaba.

O Stoxx600 valoriza 0,09% para 366,50 pontos, com os índices das bolsas de Frankfurt e Paris a negociarem em alta ligeira, enquanto em Madrid e Londres a tendência é negativa.


Em Lisboa o PSI-20 desce 0,32% para 4.735,32 pontos, com o BCP e a Galp Energia a evoluírem em terreno negativo.   


Juros das obrigações dos EUA a 30 anos abaixo de 2%

O alerta sobre uma possível recessão global intensificou-se ontem depois da inversão da curva de rendimentos da dívida dos EUA e do Reino Unido, o que aconteceu pela primeira vez desde a crise financeira.

Na dívida dos EUA a curva voltou hoje à "normalidade", embora a taxa dos títulos a 2 anos (1,569%) permaneça muito perto da registada nos títulos a 10 anos (1,584%). A "yield" das obrigações dos EUA a 30 anos já esteve hoje abaixo dos 2%, o que acontece pela primeira vez na história e mostra como os investidores estão a procurar refúgio nas obrigações para se protegerem do momento de turbulência e do medo de recessão no futuro. Na quarta-feira a yield das obrigações a 30 anos registou a maior queda desde 2011.

Esta tendência é ainda mais evidente da dívida europeia, com os juros a renovarem mínimos históricos de forma consecutiva. A "yield" das obrigações alemãs a 10 anos está hoje a corrigir, aumentando 0,3 pontos base para -0,651%. Na dívida portuguesa a taxa dos títulos a 10 anos sobe 1,3 pontos base para 0,176%.


No Reino Unido a curva das yields continua invertida, com a taxa a dois anos (0,454%) acima da taxa a 10 anos (0,447%).


Euro recupera face ao dólar
A sessão de ontem ficou marcada pela desvalorização da divisa europeia após o Eurostat ter confirmado a desaceleração do PIB da Zona Euro, em particular a contração da economia alemã, a maior do euro. Apenas cinco em 19 países da Zona Euro não desaceleraram no segundo trimestre, o que está a preocupar os investidores. Contudo, na sessão de hoje a divisa regista uma recuperação face ao dólar.

Neste momento, o euro ganha 0,08% para os 1,1148 dólares. 

Petróleo estanca perdas
O barril está a conter as perdas na sessão de hoje após uma subida "surpresa" dos inventários de petróleo nos Estados Unidos, mais um sinal de preocupação para as perspetiva da procura mundial pelo "ouro negro". Ontem o petróleo tinha caído mais de 3% por causa do risco de recessão.

Os stocks norte-americanos subiram 1,58 milhões de barris na semana passada, o que compara com a expectativa de que houvesse uma queda de 2,5 milhões de barris, segundo a Bloomberg. Normalmente há uma queda dos stocks nesta altura dado que muita da população está de férias em viagem.

O petróleo acumula uma queda de 6% este mês, o que reflete as preocupações dos investidores com o impacto da disputa comercial entre os EUA e a China assim como a produção norte-americana de petróleo em máximos. 

Neste momento, o WTI, negociado em Nova Iorque, valoriza 0,05% para os 55,26 dólares ao passo que o Brent, negociado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, desvaloriza 0,2% para os 59,37 dólares.

Ouro alivia após renovar máximos de seis anos
O metal precioso tem sido a estrela das últimas semanas nos mercados internacionais, assim como a prata. A valorização do ouro acontece não só pela mão dos investidores privados que temem o impacto do risco de recessão nas cotadas em bolsa, mas também pela mão dos bancos centrais que têm reforçado fortemente as suas reservas de ouro nos últimas meses, aumentando a procura por este ativo de refúgio dos mercados internacionais.

Neste momento, o ouro perde 0,28% para os 1.512,04 dólares por onça, após ter ontem renovado máximos de seis anos. 

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