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Pharol perde um quarto do valor após recuperação judicial da Oi
As acções da maior accionista da Oi foram fortemente castigadas com o pedido de recuperação judicial da operadora brasileira. A Pharol perdeu mais de um quarto do valor e está agora avaliada em menos de 100 milhões.
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As acções da Pharol fecharam a sessão a cair 25,78% para 9,5 cêntimos, aliviando um pouco da forte queda que levaram os títulos ao mínimo histórico de 7,5 cêntimos (queda máxima de 41,41%).
Depois da cotada ter estado suspensa de negociação na terça-feira, os investidores despejaram as acções no mercado após o pedido de recuperação judicial da Oi. A CMVM levantou esta manhã a suspensão das acções, depois de a empresa ter estado sem negociar na última sessão, mas a empresa apenas voltou a negociar às 10:00.
Com os investidores a desfazerem-se dos títulos depois da Oi ter decidido avançar para recuperação judicial, a capitalização bolsista da companhia baixou para 83,4 milhões de euros, ficando pela primeira vez abaixo da barreira dos 100 milhões de euros. A forte pressão vendedora foi acompanhada por um forte volume de acções negociadas (35 milhões).
As acções da empresa liderada por Luís Palha da Silva foram suspensas esta terça-feira, 21 de Junho, depois de operadora Oi, da qual a Pharol é a maior accionista com 25,7% do capital, ter anunciado que vai avançar com um processo de recuperação judicial uma vez que não chegou a acordo com os credores para reestruturar a dívida. Na última sessão em que negociaram, na segunda-feira, as acções cederam 4,48% para 0,128 euros.
A Pharol é a maior accionista da Oi, tendo, por isso, um papel importante na recuperação da empresa brasileira. Num comunicado emitido esta semana, a empresa liderada por Palha da Silva assegurou que vai continuar "a defender a valorização do seu principal activo (...) e a sua vontade de continuar a acompanhar, de perto e com todos os meios, a evolução da Oi durante o processo de recuperação judicial".
O processo de recuperação da Oi deverá implicar perdas para todos os investidores da empresa. Desde já fica inviabilizado o reembolso das obrigações de retalho a 26 de Julho.
As acções da Oi estão esta quarta-feira em recuperação (+8,64% para 88 cêntimos) depois de ontem terem afundado mais de 18%.