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Pharol perde quase 12% na segunda sessão de fortes perdas

A Pharol está a ter uma nova sessão de perdas. Nesta quinta-feira, a empresa já registou uma desvalorização de 11,58%. Este comportamento tem lugar depois de a empresa ter tocado ontem num novo mínimo histórico.

Bruno Simão/Negócios
23 de Junho de 2016 às 10:24
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A Pharol está a registar uma nova sessão de fortes perdas. A empresa, depois de ter tocado num novo mínimo histórico na sessão de ontem (7,5 cêntimos quando caiu 41,41%), já recuou esta quinta-feira 11,58% para 8,4 cêntimos. Ainda assim, por esta altura, a cotada desvaloriza 9,47% para 8,6 cêntimos.

Já trocaram de mãos mais de 6,7 milhões de acções. A média diária dos últimos seis meses é de 8,9 milhões de títulos. A empresa tem uma capitalização bolsista de 76,2 milhões de euros. Desde o início do ano, a cotada liderada por Palha da Silva já recuou 60,66%.

Este comportamento do título tem lugar depois de na terça-feira, 21 de Junho, a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ter suspendido a negociação das acções depois de operadora Oi, da qual a Pharol é a maior accionista com 25,7% do capital, ter anunciado que vai avançar com um processo de recuperação judicial uma vez que não chegou a acordo com os credores para reestruturar a dívida.

Suspensão essa que foi levantada esta quarta-feira. E quando começaram novamente a negociar, as acções da Pharol registaram uma queda de 37,50% tendo, posteriormente, aprofundado a desvalorização, atingindo uma queda de 41,41% e um novo mínimo histórico: 7,5 cêntimos.

A Pharol é a maior accionista da Oi, tendo, por isso, um papel importante na recuperação da empresa brasileira. Num comunicado emitido esta semana, a empresa liderada por Palha da Silva assegurou que vai continuar "a defender a valorização do seu principal activo (...) e a sua vontade de continuar a acompanhar, de perto e com todos os meios, a evolução da Oi durante o processo de recuperação judicial". As acções preferenciais da Oi encerraram a sessão desta quarta-feira a cair 1,23% para 0,80 reais. Na terça-feira, a empresa brasileira terminou a sessão a recuar 18,18% para 0,81 reais.

Já as acções ordinárias da Oi encerraram a sessão de ontem a subir 11,30% para os 1,28 reais. Na sessão anterior, tinham perdido 8,73% para 1,15 reais.

Os analistas consultados pelo Negócios considera que as perdas de ontem são apenas o início de um longo processo e não descartam novos mínimos.


BES vendeu dívida PT/Oi em pacote e espalhou risco

Na edição desta quinta-feira, o Negócios avança que o BES colocou obrigações da PT em produtos financeiros complexos, de risco máximo, e vendeu através dos seus canais de retalho, amplificando assim a exposição ao colapso da Oi, que se encontra em recuperação judicial. Onda de lesados da PT/Oi está a crescer.

(Notícia actualizada às 11:23 para dar conta que as acções preferenciais da Oi encerram nos 0,80 reais enquanto as acções ordinárias da empresa fecharam a sessão desta quarta-feira a subir 11,30%)

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