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Espanhol Liberbank dispara quase 30% após proibição de "short-selling"

As acções do espanhol Liberbank estão a recuperar parte das perdas registadas nas últimas sessões, que reduziram praticamente a metade a sua capitalização bolsista.

DR/Alberto García Fernández
12 de Junho de 2017 às 11:22
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As acções do espanhol Liberbank estão a disparar na bolsa de Madrid esta segunda-feira, 12 de Junho, depois de a Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) de Espanha ter proibido as vendas a descoberto – "short-selling" – durante um mês, na sequência das fortes quedas registadas nas últimas sessões.

Os títulos avançam 28,53% para 87,4 cêntimos, depois de terem chegado a disparar um máximo de 36,47% para 92,8 cêntimos durante a manhã.

Na semana passada, a entidade espanhola perdeu quase metade do seu valor em bolsa, penalizada pelo efeito Popular e pelos receios dos investidores de que possa vir a ser forçada a aumentar capital para cobrir perdas em activos imobiliários e no crédito malparado.

Na sexta-feira, dois dias depois da resolução do Popular - comprado por um euro pelo Santander – as acções do Liberbank encerraram a sessão a cair 17,58%, depois de terem chegado a afundar 37,45%.

Só em dez sessões, a entidade perdeu quase 44% da sua capitalização bolsista, o que levou o regulador espanhol dos mercados a decretar a proibição do "short-selling".

"Depois de avaliar todas as circunstâncias, em particular a evolução, durante os últimos dias, da cotação das acções do Liberbank, que foi afectada por fortes descidas e uma elevada volatilidade num contexto em que não há informações negativas difundidas pela entidade, e a muito provável relação entre tal evolução (…) e a resolução do Banco popular, a CNMV considerou apropriado proibir a realização de vendas a descoberto e operações similares em relação a esse título", explica a CNMV em comunicado.

A medida, que estará em vigor até ao próximo dia 12 de Julho, poderá, contudo, ser prolongada ou até mesmo levantada antes da data prevista.

A Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA) emitiu hoje a sua opinião em relação à medida acordada, considerando que é apropriada e que a sua duração é justificada", acrescenta a CNMV.

"O Liberbank tem o mesmo tipo de problemas que o Banco Popular tinha, com um baixo rácio de cobertura, um rácio elevado de activos tóxicos e muitos activos duvidosos," disse à Bloomberg, na sexta-feira, o analista Nicolas Lopez, da Mercados y Gestion de Valores.

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