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CTT admitem passar gestão de estações de correios a terceiros

Em chamada de videoconferência com analistas, os CTT revelaram que no âmbito do processo de reestruturação anunciado poderá incluir-se a atribuição da gestão de estações de correio a entidades terceiras. Haitong considera que os argumentos da administração dos CTT não permitiram alterar a perspectiva face aos resultados negativos da cotada.

Miguel Baltazar/Negócios
02 de Novembro de 2017 às 14:23
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O resultado registado pelos CTT nos primeiros nove meses deste ano – lucro de 19,5 milhões de euros, que representou uma queda de 57,6% face ao período homólogo – continua a pressionar a instituição liderada por Francisco Lacerda.

Na videoconferência com analistas realizada esta manhã, a administração dos correios nacionais adiantou que o plano de reestruturação da cotada, anunciado aquando da apresentação de resultados, poderá incluir a passagem da gestão de estações de correios a entidades terceiras, segundo escreve o Haitong em nota de análise a que o Negócios teve acesso. No entanto, os CTT notam que não foi ainda tomada nenhuma decisão sobre esta possibilidade.

Foi ainda explicado aos analistas que a dimensão e custo associada à reestruturação será anunciada antes do final deste ano, com a administração dos correios a antecipar desde já a intenção de "ajustar a escala de operações às actuais necessidades" do mercado.

O Haitong salienta que nesta altura todas as atenções estão voltadas para a reestruturação anunciada e sustenta que os argumentos hoje apresentados pela administração liderada por Francisco Lacerda não foram suficientes para alterar a perspectiva negativa dos analistas relativamente à empresa após os resultados obtidos entre Janeiro e Setembro.

O Haitong refere que, questionada sobre o corte do dividendo relativo a 2017 para 38 cêntimos, a administração da cotada não fez comentários sobre se este montante será sustentável para o futuro.

O Haitong mantém a mesma perspectiva sobre os CTT, atribui uma recomendação de "neutral" aos títulos dos CTT, ficando na expectativa pela divulgação dos custos do plano de reestruturação.

Assim, a casa de investimento decidiu cortar o preço-alvo de 6,50 para 3,90 euros às acções dos correios nacionais, o que representa um potencial de desvalorização de 1%. 

Desde a apresentação de resultados e posterior anúncio de corte do dividendo para este ano, os CTT têm vindo a renovar mínimos históricos num ano em que a cotada apresenta uma das piores prestações do PSI-20, o que tem contribuído para um corte generalizado das avaliações feitas pelos analistas.

Ainda na manhã desta quinta-feira as acções dos CTT já transaccionaram nos 3,79 euros, o que representa um novo mínimo histórico. 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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