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Lucro dos CTT desce 57% para 19,5 milhões até Setembro

Os CTT fecharam os primeiros nove meses do ano com um lucro de 19,5 milhões de euros, uma queda de 57,6% face ao mesmo período de 2016. As receitas cresceram apenas 0,2%.

CTT
31 de Outubro de 2017 às 18:05
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De Janeiro a Setembro os CTT registaram um resultado líquido de 19,5 milhões de euros, o que representa uma queda de 57,6% face aos valores obtidos em igual período do ano passado.

As receitas consolidadas da empresa liderada por Francisco de Lacerda registaram um ligeiro crescimento de 0,2% para 518 milhões de euros.

Em comunicado emitido à CMVM, o grupo explica que esta evolução reflecte "alguma substituição de rendimentos de Correio e de serviços financeiros por crescimento dos segmentos de Expresso e Encomendas e do Banco CTT, o que coloca pressão na estrutura de custos".

No entanto, excluindo a receita do acordo com a Altice registada no período homólogo do ano anterior (7,5 milhões de euros), o crescimento dos rendimentos operacionais recorrentes foi de 1,6%, sublinha.

O segmento de Correio continua, contudo, a representar a maior fatia dos proveitos, tendo gerado 368,3 milhões de euros no período em análise, uma queda de 1,9%. Ao passo que a área de Expresso e Encomendas originou 96,2 milhões de euros, uma subida de 9,2%.

O grupo justifica que "o declínio das receitas de Correio foi maior do que o esperado, dado o impacto da queda de 6,1% do volume de correio" para 555,4 milhões de euros.

Além disso, sublinha que "o impacto da suspensão temporária das vendas da loteria nos seus balcões foi de -2,1 milhões de euros".

Os serviços financeiros prestados pelos CTT contribuíram com 48,2 milhões de euros, uma queda de 9,7% e o Banco CTT revê receitas de 5,3 milhões de euros.

O EBITDA também recuou 25% para 68 milhões de euros, uma performance explicada, a par com a do lucro, com "a perda das receitas da Altice, da queda acentuada nos dois últimos trimestres do tráfego de correio e dos gastos associados ao processo de ajustamento das redes ao crescimento acelerado do Banco CTT e do negócio de Expresso e Encomendas".

Aquisição da Transporta colocou pressão nos resultados dos CTT com impacto no EBITDA de cerca de 2 milhões de euros, dado o processo de restruturação e integração em curso.

Os gastos operacionais recorrentes totalizaram 449,8 milhões de euros, um aumento de 23,7 milhões de euros (+5,6%) face ao ano anterior, incluindo 5,3 milhões no Banco CTT e 6,4 milhões na Transporta.

No entanto, os CTT adiantam que "estão já a ser trabalhadas medidas de reajuste da capacidade instalada às reais necessidades operacionais que permitam uma redução relevante de gastos a serem apresentadas até ao final do ano".

Banco CTT soma 240 mil clientes

No que toca à performance do Banco CTT, que abriu portas em Março de 2016, gerou 5,3 milhões de euros nos primeiros nove, uma valor que compara com os 300 mil euros registadas no mesmo período do ano anterior.

Passados 18 meses, no final de Setembro, o banco dos Correios somava "mais de 190 mil contas de depósitos à ordem" e "mais de 43 mil contas abertas somente no terceiro trimestre de 2017".

Desde a sua abertura ao público, o Banco CTT está presente em todo o país em mais de 200 lojas e captou mais de 240 mil clientes.

No final de Setembro o valor financiado de crédito a clientes perfez cerca de 42 milhões de euros, dos quais 29,2 milhões em crédito à habitação após uma colocação de quase 25 milhões realizada no terceiro trimestre.


(Notícia actualizada às 18:30)

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