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CTT dispara 5% após perder um terço do valor em cinco sessões
Os CTT atingiram ontem um mínimo histórico nos 3,341 euros, já bem abaixo dos preços-alvo revistos que foram atribuídos por vários analistas.
Parece ter chegado ao fim o ciclo de quedas das acções dos CTT em reacção aos resultados decepcionantes apresentados na semana passada, bem como ao corte do dividendo.
Pelo menos para já, uma vez que os títulos estão em forte alta no arranque de sessão desta terça-feira, 7 de Novembro: sobem 5,11% para 3,623 euros e lideram os ganhos na bolsa portuguesa.
Uma subida que, apesar de elevada, representa apenas uma ligeira recuperação face à perda de valor registada nas últimas cinco sessões. A 31 de Outubro, dia em que apresentou resultado depois do fecho da sessão, as acções encerraram nos 5,056 euros. Ontem atingiram um mínimo histórico nos 3,341 euros, pelo que em cinco sessões desvalorizaram 33,9%.
Esta perda de mais de um terço do valor representa uma descida na capitalização bolsista superior a 250 milhões de euros.
A empresa liderada por Francisco Lacerda está agora avaliada no mercado em pouco mais de 500 milhões de euros, mas a correcção registada nestas últimas cinco sessões levou a cotação a níveis bem inferiores aos preços-alvo já revistos pelos analistas.
Depois dos CTT terem apresentado os resultados, a generalidade das casas de investimento baixou a recomendação e a avaliação dos CTT, mas os novos preços-alvo ficaram bem acima dos 4 euros. O CaixaBI reduziu a avaliação das acções de 6,50 euros para 4,70 euros, sendo que o BPI atribui o mesmo preço-alvo às acções.
Os dias que se seguiram aos resultados tiveram também impacto na aposta na descida de títulos por parte de gestoras como o JPMorgan, o Marshall Wace, a BlackRock e a Connor, Clark & Lunn Investment Management, que em conjunto acumulam posições curtas de 3,38% do capital dos Correios, avançou esta segunda-feira o Negócios.
Norges Bank reforça
Ontem, já depois do fecho da sessão, os CTT anunciaram que o Norges Bank reforçou a sua posição no capital da cotada, passando de deter 2,22% para 3,15%, entre direitos de voto associados a acções e detidos através de instrumentos financeiros.
A empresa liderada por Francisco Lacerda também foi ontem notícia pois a a Anacom confirmou, em decisão final, que os CTT falharam um dos 11 indicadores de qualidade de serviço exigidos à empresa liderada por Francisco Lacerda, que tem assim de baixar o preço do serviço universal.