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CTT sobem mais de 3% com possibilidade de redução de trabalhadores

Depois de terem atingido um novo mínimo histórico pouco cima dos 3 euros, os CTT estão a recuperar em bolsa, a reagir às notícias sobre o plano de reestruturação.

Miguel Baltazar/Negócios
16 de Novembro de 2017 às 10:27
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As acções dos CTT estão a ganhar terreno na bolsa de Lisboa, depois de ter sido noticiado ontem que a empresa vai reduzir a sua força de trabalho, no âmbito da reestruturação em curso.

 

Os títulos da empresa de correios ganham 3,46% para 3,29 euros, tendo chegado a valorizar um máximo de 3,71% para 3,298 euros durante a manhã. Só nas primeiras horas de negociação já trocaram de mãos quase 850 mil acções, pouco abaixo da média diária dos últimos seis meses (911 mil).

 

Segundo noticiou a revista Sábado, na quarta-feira, a empresa liderada por Francisco Lacerda (na foto) vai avançar com um programa de rescisões que pode contemplar até 300 trabalhadores. A operação, no âmbito da reestruturação dos CTT, será feita através de rescisões por mútuo acordo e reformas antecipadas, soube aquela publicação.

                      

Os CTT, "após algumas solicitações de reformas antecipadas, comunicaram às estruturas representativas dos trabalhadores que estão disponíveis para, em duas etapas distintas, acolher até cerca de 300 rescisões por mútuo acordo e reformas antecipadas", disse fonte oficial da empresa à Sábado.

Regulação pode limitar reestruturação

 

Os analistas mostram-se cautelosos em relação ao plano de reestruturação, que poderá ser limitado pelas obrigações regulatórias.

 

Numa nota a que o Negócios teve acesso, o BPI avisa que é "preciso considerar as obrigações regulatórias nesta reestruturação de custos, já que poderão atrasar ou reduzir a magnitude dessa reestruturação".

 

O Haitong, por seu lado, destaca que a redução de trabalhadores noticiada representa menos de 3% da força de trabalho da empresa que, no final do terceiro trimestre, tinha mais de dez mil funcionários. Os analistas acreditam que a questão da diminuição do número de estações é, por isso, mas "problemática" mas também mais "importante".

 

"O regulador quer manter a densidade da presença dos CTT e isso pode não ser consistente com o fecho de 75 em 600 estações. A possível transferência da gestão das estações dos CTT foi referida pela empresa na última conference call. Pode ser uma alternativa, mas é preciso mais detalhes", afirmam os analistas, referindo-se à videoconferência realizada a 2 de Novembro, em que os CTT admitiram que o processo de reestruturação poderá incluir a atribuição da gestão de estações de correio a entidades terceiras.

 

As acções dos CTT atingiram um novo mínimo histórico de 3,09 euros na sessão de ontem, elevando para quase 40% a desvalorização acumulada desde que reportaram uma queda superior a 50% dos lucros nos primeiros nove meses do ano e anunciaaram um corte de 10 cêntimos no dividendo a distribuir aos accionistas. 

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