Notícia
CMVM pede a auditor independente que defina preço de saída da bolsa da Luz Saúde
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) pediu a um auditor independente a fixação da contrapartida mínima a oferecer pelas acções da Luz Saúde, dada a reduzida liquidez da proprietária do Hospital da Luz em bolsa.
Em comunicado, o regulador informa que "solicitou à Ordem dos Revisores Oficiais de Contas a nomeação de um auditor independente para fixação da contrapartida mínima a oferecer por ocasião do pedido de perda da qualidade de sociedade aberta da Luz Saúde, pela aquisição das acções pertencentes aos accionistas que não tenham estado presentes ou representados ou votado favoravelmente na assembleia onde a mesma foi deliberada".
Segundo a CMVM, a decisão foi tomada tendo em conta que as acções da Luz Saúde "apresentam reduzida liquidez por referência ao mercado regulamentado em que se encontram admitidas à negociação e no facto do valor oferecido resultar de negociação particular, circunstâncias que tornam impossível determinar o valor justo e equitativo da contrapartida", de acordo com os critérios definidos no Código dos Valores Mobiliários.
A 13 de Abril, os accionistas da Luz Saúde, reunidos em assembleia-geral extraordinária, aprovaram a saída de bolsa da empresa, cerca de quatro anos depois de esta se ter tornado a primeira empresa privada do sector da Saúde cotada em bolsa.
A seguradora portuguesa Fidelidade, controlada pelo grupo chinês Fosun adquiriu o controlo da empresa em Outubro de 2014, passando a ser o accionista maioritário da Luz Saúde.
O Grupo Luz Saúde presta os seus serviços através de 29 unidades - onde se incluem 12 hospitais privados, um hospital do SNS explorado pela Luz Saúde em regime de Parceira Público-Privada (PPP), 14 clínicas privadas a operar em regime de ambulatório e duas residências sénior - e está presente nas regiões Norte, Centro, Centro-Sul de Portugal Continental e na Madeira, segundo a informação disponível na sua página na internet.