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Fidelidade e Fosun aprovam saída de bolsa da Luz Saúde

Com uma votação favorável de 98,799 % dos accionistas, a Luz Saúde vai perder a qualidade de sociedade aberta. A Fidelidade oferecerá 5,71 euros por cada acção dos accionistas que não votaram favoravelmente.

Desde 2000 que Isabel Vaz está ao leme da Espírito Santo Saúde. Aí ficou quando, em 2014, o Grupo Espírito Santo caiu, passo que conduziu a companhia de saúde à Fidelidade, da Fosun, representada na administração. O mandato do conselho de administração da Luz Saúde terminou no final de 2017. Isabel Vaz lidera a comissão executiva, sendo Jorge Magalhães Correia - que é o líder da seguradora Fidelidade - o presidente do conselho de administração. Os mandatos são de quatro anos.
Marta Poppe
13 de Abril de 2018 às 18:38
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A Fidelidade e a Fosun, que juntas detêm 98,788% da Luz Saúde, determinaram a saída de bolsa da Luz Saúde na assembleia-geral desta terça-feira.

 

Segundo comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, "na assembleia-geral extraordinária hoje realizada, foi deliberada pelos senhores accionistas a perda da qualidade de sociedade aberta da Luz Saúde S.A.".

 

A "deliberação foi aprovada por uma maioria de 98,799% do capital social", ou seja, poderá ter havido ainda alguns minoritários a juntarem-se às duas maiores accionistas para a perda daquela qualidade, que dita a exclusão do mercado. 

Agora, o pedido para a perda da qualidade de sociedade aberta, que dita a saída de bolsa e exclusão do mercado regulamentado, será direccionado ao regulador do mercado de capitais. Segundo a proposta da seguradora presidida por Jorge Magalhães Correia, a Fidelidade vai ter agora de adquirir as acções dos accionistas que não votaram favoravelmente a decisão (como obriga a lei), propondo-se a pagar 5,71 euros por cada um desses títulos. Ao todo, a seguradora que pertence à Fosun poderá dispensar 6,6 milhões de euros.

 

Foi a 5,71 euros que a Fidelidade vendeu 49% da Luz Saúde à Fosun International, sua accionista a 26 de Outubro. Juntas, controlam 98,788% da dona do hospital da Luz.

 

A CMVM terá, agora, de se pronunciar sobre o pedido, nomeadamente avaliar se esta contrapartida é adequada. A Fidelidade deixa cair a proposta para a retirada bolsista se for obrigada a pagar mais do que 5,75 euros por acção.

A cotada entrou para a bolsa em Fevereiro de 2014, altura em que ainda era designada de Espírito Santo Saúde. A entrada em bolsa foi uma forma encontrada para o Grupo Espírito Santo obter financiamento. O grupo caiu, entretanto, e, após uma corrida com vários concorrentes, a empresa ficou nas mãos da Fidelidade, já detida pelos chineses da Fosun. A liderança manteve-se com Isabel Vaz, mas o nome mudou para Luz Saúde.

A entrada em bolsa foi feita a 3,20 euros por acção. A oferta da Fidelidade foi por 5,01 euros. A saída de bolsa aprovada pelos accionistas ascende a 5,71 euros. As acções fecharam esta sexta-feira a negociar nos 5,65 euros, com um ganho de 0,89%.


(Notícia actualizada com mais informações às 18:45)

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