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China alivia regras para fundos estrangeiros

A China realizou alterações às regras para os fundos estrangeiros, que facilitam o investimento. A medida é vista como uma tentativa de favorecer a entrada de capital estrangeiro e a aceitação nos índices MSCI.

Reuters
04 de Fevereiro de 2016 às 14:53
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A China aliviou as restrições para os fundos de investimento estrangeiros, facilitando a compra de acções e obrigações e a circulação de capital estrangeiro dentro e fora do país. As novas regras surgem numa altura de elevada volatilidade nos mercados financeiros chineses e de depreciação do yuan, em que a China está a procurar favorecer a entrada de capital estrangeiro no país e ser aceite nos índices de referência MSCI, onde estão apenas incluídas acções de Hong Kong, mas não do continente chinês.

 

Os gestores de fundos que já estão certificados no âmbito do programa para investidores estrangeiros qualificados deixam de precisar de candidatar-se para determinar quotas de investimento. Caso contrário, foi definido um tecto máximo de cinco mil milhões de dólares. Passa a ser também permitido receber pedidos de subscrição e cancelamento diários, em vez de alterações semanais, como vigorava anteriormente. E o período de "lock-up" (no qual não se pode vender as acções) foi reduzido de um ano para três meses.

 

Estas novas medidas, com entrada imediata em vigor, correspondem a alguns dos assuntos apontados pelo MSCI como entraves para a entrada nos índices accionistas de referência, nota a Bloomberg. A MSCI está a avaliar a inclusão das acções chinesas de tipo A do continente chinês em índices como o MSCI Mercados Emergentes ou Global. De momento, apenas acções listadas em Hong Kong ou de empresas chinesas listadas no estrangeiro integram os índices MSCI.

Além disso, a desvalorização do yuan e a queda de acções aumentaram a necessidade de capital estrangeiro na China, para estabilizar os mercados, que registam elevada volatilidade, dizem os analistas, à agência noticiosa. Um objectivo que seria também favorecido pela inclusão das acções chinesas nestes índices de referência, ao alargar o leque de potenciais investidores.

 

"Eles querem mais dólares a entrar na China", comentou Tim Condon, director de research para a Ásia no ING, à Bloomberg. "À medida que a incerteza em torno da moeda diminuir, a medida será positiva para as acções", antecipa.

 

Ainda assim, as novas regras podem não ser suficientes para a admissão no MCSI, realçam os especialistas. "A medida simplifica a movimentação de fundos de instituições estrangeiras dentro e fora da China que foi um dos maiores obstáculos para a inclusão no último ano", diz Xia Le. "Contudo, as hipóteses para a integração não são significativas este ano, porque os mercados financeiros chineses provavelmente continuarão altamente voláteis, no curto prazo", prevê o economista chefe no BBVA.

 

Os índices bolsistas de referência na China avançaram, esta quinta-feira. O Shanghai Composite valorizou 1,53% para 2.781,023 pontos, enquanto o CSI 300, que integra 300 companhias nas bolsas de Xangai e Shenzhen, subiu 1,23% para 2.984,760 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng apurou uma subida de 1,43% enquanto o Hang Seng Enterprises subiu 1,94%. O Shanghai Composite acabou mesmo ao nível mais alto desde 25 de Janeiro.

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