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BPI regista a maior queda desde 2014
As acções do BPI fecharam a descer mais de 12%. É a maior queda de fecho desde Dezembro de 2014, num dia em que registou um volume bastante acima da média.
Já na última sessão as acções tinham deslizado mais de 6%, o que, com a queda de hoje, eleva para 18,1% a descida em duas sessões.
Além da queda abrupta, as acções do BPI observaram um volume bastante acima da média. Trocaram de mãos mais de 7,9 milhões de títulos, quando a média diária dos últimos seis meses é de 687,6 mil acções. Este é o volume mais elevado desde Março de 2016.
Os dados da OPA foram conhecidos ontem, tendo sido revelado que o BPI vai abandonar o PSI-20 já amanhã. A comissão gestora do índice PSI-20 decidiu que o BPI vai deixar a carteira do PSI-20, deixando o índice com apenas 17 cotadas até à próxima revisão, que vai acontecer na terceira segunda-feira de Março (dia 20).
Esta decisão surge depois de o CaixaBank ter conseguido ficar com 84,5% do BPI, numa operação em que pagou 1,134 euros por cada título. Ficam nas mãos de outros accionistas 15,49% do capital. Na aquisição das 568 milhões de acções, os catalães gastaram 644,5 milhões de euros.
Após a operação, o banco passa a ter 7% do seu capital disperso em bolsa, o que compara com os 22,5% verificados antes desta operação.
O CaixaBank mantém a intenção de deixar o BPI cotado em bolsa, mas admite que vai monitorizar a situação. Na conferência de imprensa sobre a OPA, oferta em que os catalães investiram 644,5 milhões de euros para passar de 45,5% para 84,5% do BPI, o presidente do CaixaBank reafirmou a intenção de "manter o banco cotado". "Temos de ver a médio e longo prazo se a liquidez não for suficiente e se trouxer problemas... Teremos de estudar", declarou Gonzalo Gortázar.
Fernando Ulrich deixará de ser o presidente executivo do BPI, passando a ser o "chairman". À frente da gestão do banco passará a estar o espanhol Pablo Forero.