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Bolsas dos Estados Unidos em queda à espera de ouvir Yellen
Os investidores aguardam o fim da reunião da Reserva Federal norte-americana para obterem pistas sobre os próximos aumentos dos juros. As bolsas abriram em queda ligeira.
Os principais índices norte-americanos abriram em queda esta quarta-feira, 16 de Março, num dia em que os investidores aguardam a conclusão da reunião de dois dias da Reserva Federal dos Estados Unidos para obterem pistas sobre a trajectória dos juros no país.
Em queda pela terceira sessão consecutiva, o S&P500 desce 0,2% para 2.013,00 pontos. O índice industrial Dow Jones cai 0,07% para 17.239,4 pontos e o tecnológico Nasdaq desvaloriza 0,22% para 4.718,15 pontos.
"As acções querem uma Fed segura, uma Fed que transmita a mensagem clara de que o crescimento está a melhorar", refere Mark Harris, gestor de fundos na City Financial Investment, citado pela Bloomberg. "A Fed tem a oportunidade de estabelecer um caminho claro sobre aquilo que pretende. Mas os mercados não estão convencidos de que isso vá acontecer".
Dados revelados esta quarta-feira mostram que os preços no consumidor, excluindo alimentos e combustíveis, subiram mais do que o esperado em Fevereiro pelo segundo mês, dando sinais de que a inflação poderá estar a seguir o caminho pretendido pelo banco central.
Esta quinta-feira foi ainda divulgado que a construção de casas novas nos Estados Unidos cresceu 5,2% em Fevereiro, acima do estimado pelos economistas, e que a produção das fábricas norte-americanas aumentou 0,2%, depois da subida de 0,5% registada em Janeiro.
O Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) emite às 14:00 de Washington (18:00 de Lisboa) o comunicado final da reunião de política monetária. Cerca de trinta minutos depois, a presidente da instituição Janet Yellen dá uma conferência de imprensa, que será seguida de perto pelos investidores. Espera-se que a autoridade monetária reduza o número de aumentos dos juros previstos para este ano e deixe inalterada a taxa directora entre 0,25% e 0,5%.
Este será o terceiro evento de grandes bancos centrais desde quinta-feira. O BCE anunciou um pacote inesperado de estímulos à economia enquanto o Banco do Japão manteve as taxas de juros inalteradas, em valores negativos.
As bolsas dos Estados Unidos recuperaram no mês passado, impulsionadas pelos dados económicos, a subida dos preços do petróleo, e a disponibilidade demonstrada pelos bancos centrais de todo o mundo para continuarem a suportar a recuperação da economia.