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Inflação pressiona Banco de Inglaterra a subir juros
A inflação acelerou mais do que o previsto, superando a meta do Banco de Inglaterra pela primeira vez em três anos. A última decisão sobre juros não foi unânime.
A inflação no Reino Unido acelerou mais em Fevereiro do que o previsto, superando a meta do Banco de Inglaterra pela primeira vez em mais de três anos. Os dados são divulgados esta terça-feira, 21 de Março, dias depois de os membros do comité Banco de Inglaterra terem mostrado divergências em relação à decisão de manter juros.
De acordo com a Bloomberg, o aumento de 2,3% no índice de preços do consumidor foi o mais expressivo desde Setembro de 2013 e ficou acima da previsão média dos economistas, que era de 2,1%.
A taxa subiu 0,3 pontos em termos homólogos, o que se deve à quebra da libra – depreciação em 17% desde o referendo de Junho – e ao aumento dos preços do petróleo.
A inflação subjacente aumentou para 2%, no ritmo mais rápido desde meados de 2014, de acordo com o instituto oficial de estatística. O preço da comida também deixou de cair.
O Banco de Inglaterra disse que toleraria um nível de inflação que superasse a sua meta de 2% desde que suportasse a economia, apesar de ter admitido rever a posição se causasse pressões internas sobre os preços.
A 16 de Março o Banco de Inglaterra decidiu manter os juros inalterados nos 0,25%. Mas ao contrário do que é habitual a decisão não foi unânime: Kristin Forbes, um dos nove membros que compõem o Comité, votou a favor de uma subida de 25 pontos base na taxa directora para 0,5%.