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Bolsas caem e juros sobem após BCE cortar previsões de crescimento

Os índices accionistas europeus passaram para terreno negativo e os juros da dívida estão a agravar-se depois do presidente do BCE ter dito que a autoridade monetária vai reanalisar as medidas de estímulo no início do próximo ano.

Bloomberg
04 de Dezembro de 2014 às 14:23
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São necessárias mais medidas de estímulo por parte do Banco Central Europeu, que vão ser analisadas no início do próximo ano, pois a economia da Zona Euro vai crescer menos que o previsto e a inflação vai ficar em valores inferiores ao antecipado.

 

Foi esta a mensagem que Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, deixou aos jornalistas na conferência de imprensa que se seguiu à reunião mensal da autoridade monetária.

 

Esta foi mal recebida nos mercados, pois as bolsas europeias passaram para terreno negativo e os juros da dívida pública estão a agravar-se. O Stoxx 600 cai 0,4% depois de esta manhã ter negociado perto de máximos de seis anos. O PSI-20 cede quase 1% depois de nas primeiras horas da sessão ter chegado a subir 1%.

 

No mercado de dívida pública, os juros das obrigações do Tesouro a 10 anos agravam-se 6 pontos base para 2,83%, depois de esta manhã terem tocado em novos mínimos históricos.

 

Mario Draghi anunciou que o BCE cortou as previsões de crescimento da economia da Zona Euro, antecipando agora que o PIB vai crescer 0,8% este ano, 1% em 2015 e 1,5% em 2016. Antes o banco central apontava para um crescimento de 0,9% este ano, 1,6% em 2015 e 1,9% em 2016.

 

Vários analistas acreditavam que Mario Draghi poderia já hoje dar fortes indícios de que o BCE iria no próximo ano avançar para a compra de títulos de dívida pública, no âmbito das medidas não convencionais para estimular a economia e combater os baixos níveis de inflação.

 

O presidente do BCE disse apenas que o Conselho de Governadores do BCE reconhece a necessidade de adoptar mais medidas de estímulo e que estas vão ser reanalisadas no início do próximo ano, no que diz respeito à "dimensão, ritmo e composição". Sobre a possibilidade do BCE avançar para um programa de "quantitative easing" (compra de obrigações soberanas), Draghi adiantou que a decisão não tem que ser unânime. Os responsáveis alemães têm-se mostrado contra esta possibilidade.

 

Os técnicos do BCE também reviram em baixa as projecções para a inflação. Estimam agora que vai ficar em 0,5% este ano, 0,7% em 2015 e 1,3% em 2016. Antes apontavam para 0,6% em 2014, 1,1% em 2015 e 1,4% em 2016%.

 

(notícia actualizada às 14h25 com mais informação) 

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