Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Bolsa nacional sobe pela terceira semana consecutiva

A semana foi marcada pela apresentação de resultados de várias cotadas e pela emissão de dívida a 10 anos por parte de Portugal. A bolsa fechou os cinco dias com um ganho, ainda que ligeiro. É a terceira subida semana consecutiva, o que já não acontecia desde Janeiro.

10 de Maio de 2013 às 19:13
  • ...

A semana foi marcada pela apresentação de resultados de muitas das empresas do PSI-20, tendo alguns deles surpreendido pela positiva os analistas, e conduzido a bolsa nacional a terreno positivo, com uma subida semanal de 0,35%.

 

Das 20 empresas cotadas em bolsas, 16 apresentaram subidas, três registaram perdas, e uma manteve-se inalterada. Do lado das subidas, os destaques vão, essencialmente, para as empresas que apresentaram resultados  considerados mais satisfatórios. A Altri e a Sonae foram os grandes vencedores da semana, a subirem 3,93% e 3,80%, respectivamente.

 

Os números da Altri, que fechou a semana a valer 2,038 euros, ficaram acima das expectativas dos analistas, tendo mais do que duplicado para 14,2 milhões de euros, com um crescimento registado tanto ao nível da produção como ao nível das vendas. “A Altri é um vencedor discreto com uma cobertura de correcção limitada que tem ganho um lugar no radar dos investidores com resultados sólidos”, destacaram os analistas do BPI Equity Research.

 

Já a Sonae terminou a semana com uma subida de 3,80% para 0,765 euros. A unidade de retalho alimentar é a “jóia” da coroa nos resultados da Sonae SGPS, na opinião dos analistas. O grupo Sonae terminou o primeiro trimestre do ano com resultados líquidos, após interesses minoritários, de nove milhões de euros, 4,5 vezes mais do que um ano antes, quando os resultados líquidos foram de dois milhões de euros.

 

As contas do primeiro trimestre da empresa ficaram acima do previsto e os analistas admitem já rever as estimativas para o resto do ano. A casa de investimento do BPI, banco que é o segundo maior accionista da Sonae, considerou que os resultados da retalhista relativos ao primeiro trimestre do ano foram “de alta qualidade”.

 

A EDP Renováveis e Zon registaram subidas consideráveis, de 2,16% para 4,107 euros e de 1,79% para 3,473 euros, respectivamente. Para esta subida também contribuíram os resultados positivos apresentados pelas empresas, que surpreenderam os analistas.

 

A empresa liderada por Manso Neto, a EDP Renováveis, obteve lucros de 90 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, um valor que ficou acima das previsões dos analistas, e que revelou um crescimento de 45% face ao período homólogo que se ficou a dever ao crescimento da produção e à subida de preços de venda da energia.

 

A operadora liderada por Rodrigo Costa apresentou resultados “fortes” e surpreendeu os analistas com a “solidez” no mercado de televisão por subscrição em Portugal. O lucro da empresa cresceu 12,5% para 11,6 milhões de euros, quando o mercado antecipava uma quebra de 12,6%.

 

Também a Galp e a PT tiveram evoluções positivas, com subidas de 2,81% para 12,64 euros e 2,61%, para 3,971 euros, respectivamente.

 

A Sonae Indústria, que revelou um prejuízo de 16 milhões de euros, um valor cinco vezes superior ao registado no período homólogo, subiu 0,18% para 0,543 euros.

 

Destaque ainda para a Cofina, proprietária do Negócios, que fechou a semana a subir 0,40%, tendo acabado o primeiro trimestre do ano com resultados líquidos de 277 mil euros, uma queda de 11,2% face ao mesmo período do ano passado que a empresa justifica com os efeitos da “forte contracção económica” que se vive em Portugal.

 

Das 20 empresas que negoceiam no PSI-20, apenas três tiveram um comportamento negativo, e o BCP manteve os seus títulos inalterados. Das quatro acções que caíram, três foram bancos. O BES acabou a semana a perder 9,52% para 0,798 euros e o Banif  recuou 4,20% para 0,114 euros. A outra derrotada da semana foi a Mota-Engil, que perdeu 0,19%.

 

O BES anunciou esta terça-feira que fechou o primeiro trimestre com prejuízos de 62 milhões de euros, quando os analistas apontavam para lucros. Além disso, Ricardo Salgado, CEO do banco, não garantiu que banco venha a obter resultados líquidos positivos na totalidade do ano.

 

O BCP apresentou resultados com um prejuízo "acentuadamente negativo", mas que ainda assim saiu melhor do que era antecipado pelos analistas. Um resultado pressionado, em grande parte, pela Grécia que, no próximo trimestre, já deverá ser descontinuada.

 

O Banif obteve um prejuízo de 69,2 milhões de euros nos primeiros três meses do ano. O montante divulgado na segunda-feira, 6 de Maio, representa uma melhoria de 8,9% face aos 75,9 milhões de euros alcançados no trimestre homólogo.

 

Também a EDP teve uma semana em alta, ao atingir máximos históricos de dois anos, e surpreendendo os analistas com os resultados apresentados, devido ao crescimento das actividades da empresa no mercado liberalizado.

 

A semana ficou ainda marcada pela primeira emissão de títulos de dívida a dez anos do Estado português, realizada depois do resgate, que ficou associada uma "yield" de 5,669%.

Ver comentários
Saber mais Bolsa PSI-20 resultados semana
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio